quarta-feira, 29 de junho de 2005

[IMPRESSÕES] Duas pequenas notas

- Assisti ontem a adaptação do "Guia do Mochileiro das Galáxias" para o cinema. Decepção total! Perdeu toda a profundidade e grandiosidade da obra do Douglas Adams. Ficou tão fraca que eu não consegui rir em nenhum momento do filme. Nem o fato de eu tê-lo assistido sem o José Wilker dublando a voz do Guia ajudou. Sei que vou soar repetitivo, mas deviam ter botado ele nas mãos do pessoal do Monty Python!!!(prometo que será a última vez que digo isso)

- Em compensação, terminei de assistir agora a pouco o anime Berserk. Até o momento é um dos melhores que eu já tive a chance de acompanhar. Começa fazendo o sujeito pensar que será só mais um anime com muito sangue e porradaria desenfreada (bom, não que não tenha muito disso, porque tem), mas a partir da metade, quando a trama começa a se aprofundar na história de cada personagem, e logo no final, quando ela toma um rumo totalmente inesperado, não dá pra não achar o anime excelente. O "final" é uma das coisas mais chocantes e violentas que eu já vi em matéria de anime. Uma pena que não é o verdadeiro final, e sim um meio "armado" pelo fato da série ser a adaptação da primeira metade do mangá. E agora que a Panini o lançou por aqui, vai ficar meio complicado não comprá-lo, já que o anime simplesmente pede pro sujeito correr atrás do mangá pra entender melhor como Gatts chegou ao ponto onde o encontramos no "início" que na verdade é o fim (é, eu sei que é meio complicado), e saber onde a jornada dele realmente termina.


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Comentários:

humm tah bem mesmo... ate vou colaborar com os mistérios e deixar meu enigma ahaha

coelho maluco | 24-07-2005 23:33:50
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.pontos...letras..pessoas misteriosas...cê tah bem hein..xDDD Bjão Wolv!

. | 24-07-2005 15:36:08
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Sem kerer parei por aki e encontrei seu flog, o qual eu achei o mais produtivo de todos os q eu ja vi ate hj... Cara, pods crer q Berserker eh mto bom eu tenho a serie em video aki no meu pc, não sei se ja teve a chance de ver Evangelion, a trama baseada no psicologico da mente humana é fascinante. São raros os animes q saem cliche e nos fazem gostar realmente deles... Vi q vc falou em Monty Python. Ja me disseram maravilhas sobre esse filme e eu estou louco pra ver e morrer de rir com oq ja me contaram sobre ele... Bem vou ficando por aki, só resolvi comentar pq eu realmente gostaria q soubesse o qunt gostei daki... Até qqr dia...

Raphael | Email | Homepage | 22-07-2005 18:10:34
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Ah sim! Putz! Não acredito q eu não "pesquei" essa! E além de o Cilon ter razão, eu ainda me permito cometer um deslize desses quando estou lendo "O Eu e o Inconsciente" do C.G. Jung! tsc tsc tsc... Mas, eu sou assim mesmo, desatento por natureza. Essa é pro Ceres: só hoje eu me toquei q é um tal de "Newton" o vilão de um certo anime cuja protagonista é uma garota q lê cartas, se é q vc me entende (só pra tentar não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu).

Wolv | 21-07-2005 23:06:30
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E ele já assistiu Evangelion. I call a "draw"

C | 21-07-2005 15:38:47
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Última palavrinha aqui: é a partir do outro , ou seja do "não eu", da diferenciação, que me percebo enquanto "eu", o sentido que coloquei foi esse... iiiih, sou residente em psiquiatria. Até qq dia, vou comentar na sua próxima catarse, ok?

Iolanda | 21-07-2005 12:56:55
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O "outro" q lhe diz quem vc é? Não entendi muito bem o q vc quis dizer com isso. Mas, digamos q o blog é uma forma de compensação de como eu não consigo ser "cara-a-cara". Se vc se interessa um pouco por psicologia, eu poderia dizer q é quase como se ele funcionasse como meu inconsciente. Como a "voz" dele. E, eu gosto de qualquer tipo de descrição do mundo interior de alguém. É sempre dele q surgem as criações mais interessantes, engenhosas e fascinantes. Assim como gosto de expôr o meu. É uma necessidade, até. Bom, deixa eu parar por aqui. Esse comentário já virou chat. Se quiser continuar a conversa via e-mail, será bem vinda.

Wolv | 21-07-2005 11:56:34
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Ei, vou aguardar. Gosto quando descreve seu mundo interior, ele é muito rico, sem mistérios (hehe, apesar de complicadíssimo), pois se coloca nu diante do outro. E é o "outro" que me diz quem sou. E você se coloca tão cristalino diante do outro (pelo menos aqui, não sei no cara a cara) que assusta!!! Boa noite

x | 20-07-2005 20:44:15
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Bom... tipo, valeu mesmo pela histórinha de como achou isso daqui, X. É sempre bom saber como alguém descobriu que eu existia. Até me surpreendo que aquele post de final de ano tenha chamado sua atenção. Foi mais um desabafo pra eu mesmo do que qualquer outra coisa. Geralmente é o tipo de texto que a maioria das pessoas ignora pq estão cuidando de suas próprias vidas, e se lixando pro q acontece com os outros, até mesmo quando entre estes "outros" está um ou mais amigos delas. Sobre novos textos, como eu disse, idéias não me faltam. Estou apenas tendo problemas pra encontrar a "hora certa" pra escrever. Aquele momento de um dia q a gente tá super-bem-disposto pra fazer qualquer coisa. E escrever depende primordialmente disso. Mas, acredito q nesse final de semana dá pra "libertar" algumas idéias da minha mente, e compartilhá-las com vc e mais uns poucos q ainda se importam com a existência desse blog.

Wolv | 20-07-2005 00:18:57
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Meus amigos sempre me pedem para ler seus textos e até corrigir os erros gramaticais, às vezes tenho que ler antes deles postarem. Um certo dia, entediada de ler, fui clicando, clicando e descobri seus textos. Logo de início, gostei do seu estilo. Era fim do ano e vc falava dos planos que não se concretizaram. Escreveu de uma maneira tão doce, poética até, colocou os planos que foram feitos no ano anterior e que estavam postados, e nada se efetivou. Escreve de uma forma cativante, então fui lá no primeiro texto e aos poucos fui lendo tudo. Só sei que me envolvi, chorei, ri, sofri com suas dores, angústias, questionamentos, inseguranças, descobertas. Acho vc de um potencial muito grande, li com prazer. E, assim, virou um hábito lê-lo, além de escrever muito bem, você parece ser uma pessoa muito, muito profunda. Depois eu continuo, boa noite!

x | 19-07-2005 22:37:10
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E quem é que não lida com pessoas misteriosas? O ser humano é um mistério até pra si mesmo (tá, vou parar com a filosofia antes que alguém reclame).

Wolv | 19-07-2005 12:14:22
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é... não sabia !!!! Você não contou isso nas suas histórias, que existem misteriosas na sua vida. Mas vou te mandar um e-mail.

x | 18-07-2005 23:20:39
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Certo. Ficarei aguardando então... (pq eu sempre tenho que lidar com pessoas misteriosas?)

Wolv | 18-07-2005 23:14:23
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Oi! Não sou sua conhecida e nem conheço ninguém de suas relações. Depois vou te contar como "descobri" seus textos. Boa noite!

x | 18-07-2005 23:10:19
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Um pouco de cada coisa, X. Mas, ultimamente não estou com "cabeça" pra escrever algo decente por aqui, justamente por estar assim. A propósito, quem é vc? Alguma conhecida, ou conhecida de um conhecido (a) meu?

Wolv | 18-07-2005 16:26:05
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Ei! Parece triste, parece diferente. Sinto falta de ler você, identifico-me muito com suas questões. Beijo

x | 17-07-2005 23:54:42
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Por falta de tempo e paciência mesmo, X. Tenho um bocado de idéias pra alguns textos, pra preciso encontrar uma forma melhor de administrar meu tempo pra voltar a postar com maior freqüência. E, eu estou longe de ser um gênio.

Wolv | 13-07-2005 09:52:13
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Sou sua fã leio tudo que escreve, pq tem postado pouco ultimamnete? vc eh muito genio

x | Email | 12-07-2005 22:55:19
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Sou só eu que associo O guia do Mochileiro das Galaxias com a música "One of Us" da Joan Osborne? eu sei que não tem nada haver uma coisa com a outra, mas não consigo deixar de sentir isso...

C | Email | 04-07-2005 17:17:11
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Um dos meus trechos preferidos.

Wolv | 02-07-2005 20:32:14
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Durante milhares de ano, as naves majestosas atravessaram os imensos espaço vazios intergalacticos, finalmente parando no primeiro planeta que encontraram, que era, por acaso, a Terra; e lá, devido a um erro colossal de escala, toda frota foi acidentalmente engolida por um cachorrinho

Cilon | Homepage | 02-07-2005 17:03:18
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Gostei do teu blog! Achei-o autêntico, criativo. Se der, passa pelo meu blog tb. Érico.

Érico | Email | Homepage | 29-06-2005 23:57:59

segunda-feira, 27 de junho de 2005

[FRAGMENTOS] Da série "Citações de minha própria autoria" (podem pegar emprestado)

"Ignorar um ser superior do processo de criação e manutenção do universo seria o mesmo que ignorar a existência do vento que move o moinho, ou da eletricidade que mantém a lâmpada acesa."

"Às vezes é possível ver fantasmas de si mesmo caminhando pelas ruas de uma cidade onde viveu. Reflexos e impressões de um passado que ainda permeiam no ar."

"Mais valem as lágrimas de uma derrota, do que a vergonha de não ter lutado." (esta não é minha, mas eu gosto dela)


Outra hora eu posto mais.

sexta-feira, 24 de junho de 2005

[REVIEW] A Vida, O Universo e Tudo Mais

TERMINEI!!!



A Vida, O Universo e Tudo Mais está devidamente lido! Não sei agora se comemoro ou lamento, já que depois disso vem a já longa espera pelo 4º livro da série (previsto para outubro, segundo as últimas notícias que me chegaram).

O que eu posso dizer a respeito? Wowbagger, o Infinitamente Prolongado é "O" cara!!! (também, com um nome deste porte, quem não o seria?) Um verdadeiro exemplo de determinação e o quanto um cara de saco infinitamente cheio pode fazer.

Mas, cá entre nós, quem no lugar dele, e com os recursos que tinha disponíveis, não faria a mesma coisa?

Uma pena o Marvin não ter aparecido tanto neste terceiro livro, mas só o capítulo dedicado à conversa dele com um colchão (sim, podem acreditar!) já valeu pelos RS19,90 gastos (isto pra não falar do sofá voador; do sujeitinho que sempre é morto pelo Arthur em inúmeras encarnações; e a festa voadora, que teve outro dos meus capítulos favoritos totalmente dedicado a ela).

Non-sense puro, e de altíssima qualidade, como de costume. Os ingleses realmente mandam quando o quesito é contar boas histórias com humor inteligente e genialidade.

Aliás, pra quem já assistiu (caso no qual eu não me incluo) o filme e se decepcionou com a adaptação, eu recomendo que assista o filme Monty Python - O Sentido da Vida. Douglas Adams, como muitos que se interessaram pela vida do sujeito após lerem os livros sabem, era colaborador dos trabalhos do grupo de comediantes ingleses (mais especificamente na série que tinham em um canal de TV inglês). Não sei se este filme em particular teve alguma colaboração do cara, mas o estilo de humor segue o mesmo ritmo, com tiradas inteligentes e situações non-sense encontradas nos livros da série "Mochileiro das Galáxias".

Na minha modesta opinião, era na mão de um dos integrantes da "trupe" que a Disney deveria ter entregue a direção do filme. Ele merecia uma fidelidade maior ao bom humor britânico do falecido escritor.

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Comentários:

Sabe, odeio internet discada ¬¬ Tinha uma coisa pra te perguntar ainda. Nada a ver com oke aconteceu. Só por curiosidade. Ve se me lembra da próxima. Obs: Adotei o tal "." como nick, depois de tanto barulho por nada neh.....¬¬

. | 27-06-2005 00:04:58
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Como assim? ¬¬

. | 26-06-2005 13:06:07
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Não é q aquilo serviu pra alguma coisa? Finalmente descobri quem é o "."

Wolv | 26-06-2005 01:00:34
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Estou furiosa com vc. E nem pense! Eu tenho esse direito! Eu quero conversar com vc. Capaz neh. Pelo menos aki eu sei que vc olha os "recados". E o MSN nunca colabora. ¬¬

. | 25-06-2005 23:40:33

terça-feira, 21 de junho de 2005

[DIÁRIO] Recolhendo informações

Passado o concurso do Tribunal de Justiça, estou arranjando tempo pra ler muita coisa, assistir mais coisa ainda, e com isso buscar mais fontes de informações e inspiração pra futuros possíveis projetos pessoais (o que inclui Clara, obviamente).

No momento estou a ponto de terminar de assistir o anime The Vision of Escaflowne (finalmente!). Já faz mais de um ano que eu tenho ele por aqui, e só agora arrumei um lugar na minha "agenda" pra encaixá-lo (na verdade foi mais uma questão de deixar de fazer e pensar em coisas inúteis, coisa que eu poderia ter feito há bem mais tempo).

Livros no momento são dois: O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis; e A Vida, o Universo e Tudo Mais, de Douglas Adams.

Apesar de serem dois exatos opostos, ambos tratam de analisar o ser humano sob pontos de vista distintos.

O primeiro, com embasamento científicio e espiritualista, procurando lançar uma luz no porquê de nós sermos como somos, e passarmos pelos problemas que passamos. É considerado literatura espírita, mas só pelas inúmeras citações de experimentos mais do que comprovados no campo da psicologia, feitos no início do século passado, é de se estranhar que não seja leitura obrigatória nas faculdades de psicologia.

O segundo é mais uma história inventiva, cheia de idéias geniais, piadas corrosivas envolvendo a natureza humana, que eu já me acostumei a admirar nos livros da série "Mochileiro das Galáxias", de Douglas Adams(gênio que infelizmente morreu cedo demais).

Falando em livros, semana passada terminei de ler O Código Da Vinci, de Dan Brown. Um ótimo exemplo de como se escrever um livro de suspense, e de como contar várias mentiras e convencer muitos de que são verdades!

Podem criticá-lo o quanto quiserem, mas é inegável que Dan Brown, neste trabalho, demonstrou grande talento em conduzir uma história que faz com que você se interesse por ela do princípio ao fim, e ainda foi capaz de fazer milhões de leitores no mundo inteiro acreditarem (ou pelo menos questionarem a respeito, o que já é um grande feito) em muitas das fascinantes teorias expostas no livro. Este é o poder daqueles que conseguem fazer, com maestria, colagens de recortes da realidade!

E por enquanto é isso. Este mês ainda pretendo ler mais livros, assistir mais animes e filmes acumulados em dezenas de CDs aqui em casa (isso sem contar as HQs), e começar a fazer a fila andar. Afinal, de que adianta estocar informações se você não puder assimilá-las?

O próximo passo é fazer uso delas, que é o que eu pretendo o mais breve possível.

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Comentários:

Eu não disse q ele era perfeito. Claro q ele tem um ou outro vacilo, mas, até onde eu sei, o sujeito é um ser humano, e tem o direito de errar. No q diz respeito à forma como ele conduziu a história, e como amarrou todos os detalhes "técnicos" pra criar a "conspiração" dele, não tenho nada a reclamar.

Wolv | Email | Homepage | 21-06-2005 16:51:52
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Err. ótimo livro? "Vovô, que barulho é esse... vovoooooo! Oh vovô! Que coisa horrivel! Eu jamais quero ve-lo em toda minha vida por causa dessa coisa monstruosa e nefasta que fizeste, seu nojento!" Isso é só um exemplo, claro. Ótimo livro, claro...

Cilon | 21-06-2005 16:31:52

quinta-feira, 16 de junho de 2005

[IMPRESSÕES] Uma "caminhada com a mente"

Assisti ontem à tarde ao filme "Ponto de Mutação", dirigido por Bernt Capra, baseado no livro homônimo deFritjof Capra, que por sinal descobri hoje que é irmão do diretor.

Não pretendo fazer uma crítica do filme por meio deste post, já que existem várias outras bem melhores do que a que eu seria capaz de fazer aqui (esta, por exemplo). Só queria deixar registrado que, se esse filme fosse exibido a alunos do 2ª grau, tanto em escolas públicas quanto em particulares, quem sabe, daqui a algumas décadas (sendo um pouco otimista, é claro), as coisas por aqui não melhorassem um pouquinho.

Transcrevo abaixo o convite que Ana Lira, autora da crítica que indiquei, faz a quem ainda não teve a chance de assistir este "exercício à nossa percepção":

"Se você chegou até aqui, dê um passo à frente e procure ver o filme. Ele não tem romance, não tem aventura, não tem mocinho, nem bandido, não tem clichês e nem te deixa confortável com uma explicação redondinha no final, mas é excelente. É apenas uma questão de perspectiva, de pensar que um filme desprovido de uma receita fácil pode ser, em contrapartida, enriquecedor. Conheço algumas pessoas que desistiram de vê-lo por causa do excesso de teorias explanadas durante os 110 minutos. Mas até nissoPonto de Mutação é surpreendente, por testar a nossa força de vontade de querer ver algo diferente ou continuar sempre com os mesmos modelos. Certamente a visão cartesiana que existe em nós brigará com a visão holística proposta pelo diretor, mas vale a pena vencer essa barreira e chegar até o fim. Na defesa por uma visão de mundo diferente, o personagem de Sam Waterston diz algo que pode ser pretensioso, mas que serve de impulso: ' De vez em quando alguém tem que fazer a coisa certa.' A beleza do filme e o aprendizado são as recompensas."

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Comentários:

Boa tarde, Wolv. De qnd é este filme? Eu vi um há algum tempo atrás, mas ñ lembrava do nome. É como este q vc apresentou. Flw

Glauber | Email | Homepage | 16-06-2005 13:47:46

domingo, 5 de junho de 2005

[REFLEXÕES] Polêmicas (ou "É disso que o povo gosta!")

É, pelos comentários do último post (aliás, fazia tempo que eu não recebia tantos), acabei "dividindo opiniões" com relação ao tema abordado (embora pareça mais um caso de "todos contra um").

Ao contrário do que ocorreu em outras ocasiões aqui no blog, não estou escrevendo isto pra "reformular meu ponto de vista", deixando ele neutro o bastante pra agradar a todos. Já fiz esse tipo de coisa outras vezes, e sempre fui criticado por essa atitude, pois parecia (e realmente passa essa impressão) que eu era instável demais e "facilmente moldável" quando via que minhas idéias não agradam as pessoas com as quais tenho uma certa "amizade" (apesar de que, de uns tempos pra cá, esta vem sendo uma classificação que ando pensando seriamente em reconsiderar).

Só quero tocar em dois pontos:

1) Um computador, obviamente, não é um ser vivo com capacidade própria pra influenciar a vida de uma pessoa, seus pensamentos, e opiniões, sua forma de enxergar a vida, seus costumes, e seu modo de se relacionar com as pessoas;
2) A grande maioria de todos os nossos problemas são causados por nós mesmos, e pela forma como lidamos com "problemas externos" (isto é, que vai "além de nós mesmos"), que apesar de dizerem respeito a nós, só se tornam problemas realmente "problemáticos" a partir do momento que o encaramos desta forma.

Dito isto, o que acontece no caso do computador é que, mesmo sendo uma máquina, ela nos dá acesso a determinados tipos de informações, que chegam até nós por diferentes vias e sob diversas formas. Exemplos: um texto lido em um blog, em um site de notícias do mundo do entretenimento, em um site sobre psicologia, filosofia, cinema, história, artes plásticas, entre outros. Isso só pra falar dos sites.

Agora, se quisermos ser mais abrangentes, precisamos levar em conta ainda: músicas que baixamos da net, filmes, séries, animes, shows, animações em Flash, livros em PDF, fotos, HQs, mangás, conversas via MSN, ICQ, mIRQ, Yahoo Messenger, partipações em comunidades do Orkut, em fóruns sobre os mais variados assuntos, entre outros tipos e formas de informações.

Enfim, acho que deu pra notar que o mundo de informações que encontramos aqui é vasto, e tudo isso nos é acessível através dessa "máquina desprovida de consciência" que não tem como, diretamente, nos influenciar.

Mas dizer que não exerce sobre nós uma influência é ignorar tudo que eu acabei de dizer. Porque, que me desculpem aqueles que negarem isto, mas eu vou rir da cara de quem vier me dizendo que seria a mesma pessoa que sempre foi, com os mesmos gostos, as mesmas necessidades, e os mesmos problemas que tinham quando não possuíam um computador.

Claro que não dá pra encarar ele como um "ser" que nos prende por conta própria diante de si, estabelecendo uma relação simbiótica conosco a ponto de sentirmos necessidade de usá-lo o máximo de tempo possível. Mas é errado também ignorarmos a "fome" por informação que adquirimos após anos e anos de uso dessa máquina.

E, lembrando novamente, não é só uma "fome por conhecimento", e sim por informações sob suas mais variadas formas, o que inclui até a necessidade que sentimos de conversar com alguém no MSN, por exemplo, ou mandarmos um e-mail pra uma pessoa querendo saber como anda sua vida, ou contar como vai a nossa (todos exemplos de trocas de informações).

E aqui chegamos ao segundo ponto que eu citei: somos nós os responsáveis por nossos problemas. Isto é fato! Assim como é fato a mania que o ser humano tem de achar um culpado por problemas que dizem respeito apenas a ele, e dos quais tem culpa.

Há alguns anos atrás, quando tivemos contato com este "mundo de informações", NÓS escolhemos ter este primeiro contato com ele. Assim como, ao longo dos anos seguintes, NÓS optamos por continuar usufruindo tanto de suas vantagens, quanto tendo que lidar com suas desvantagens.

Mas, independente de termos ou não escolhido "entrar nessa", e continuar por aqui, o mundo estava lá, atraindo nossa atenção para si. Era o "desconhecido", o "novo", com uma grande placa de neon apontando pra ele, oferecendo conhecimentos com os quais jamais sonhamos, possibilidades de se relacionar com pessoas com quem nunca imaginamos conversar na vida.

E do que as pessoas precisavam pra ter acesso a este "mundo de possibilidades"? Um computador. Um "portal" que nos leve pra este mundo. Um meio de fazer a "viagem".

Era a droga do momento, disfarçada de uma máquina que prometia substituir várias, e que a cada dia mostra que sua capacidade de adaptação às nossas necessidades é maior do que nós mesmos pensávamos no início dessa "jornada sem volta". Ou vocês acham que antigamente os computadores tinham DVD, Webcam, microfone, mouse óptico, monitor de 21 polegadas tela plana, placa de captura de vídeo, placa de transferência de vídeo, modem ADSL/cabo/rádio, entre outras muitas "parafernálias acopláveis"?

Claro que quem criou tudo isso fomos nós, assim como fomos nós quem transformamos tudo nessa máquina altamente adaptável, para que ela se adequasse à nossa própria necessidade de se adaptar. Tudo em nome de uma fome a cada dia mais crescente por informações.

Sim, isto nos mata, se deixarmos! Isto nos deixa dependentes, assim como qualquer outra droga! E assim como o drogado não admite que ele próprio está se matando, optando por continuar "cheirando o pó", nós continuamos usando isto aqui, sabendo que partes de nossas vidas estão sendo absorvidas por um mundo que, teoricamente, deveria ser absorvido por nós.

E é assim que eu justifico a forma que como expus meu ponto de vista no post anterior: como o relato de um drogado, que não consegue admitir sua própria culpa.

Fazer o que se eu também sou um ser humano?

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Comentários:

Sabe porque o computadoré tão maravilhoso? Porque nos leva para a internet, porque nos dá a chance de sermos únicos. Completamente únicos pelo trajeto que fazemos para achar nossas informações, nossas caminhos são completamente diferentes e sempre serão. Pelo menos na internet podemos escolher onde vamos clicar e para onde podemos ir sem corrermos o risco de nos machucar ou de perder algo realmente sério. O máximo que pode acontecer é vc pegar um virus e a maquina adoecer e você voltar a viver para o mundo externo...Você finalmente fica off e sofre riscos, ou fica on e vive a vida do interligados. A escolha sempre será sua. Poutz... Que viagem!

tab | 06-06-2005 05:54:08