domingo, 31 de julho de 2005

[CRÍTICA] Guerra dos Mundos

Tudo bem, eu prometo que não vou tentar fazer uma crítica do filme, mesmo porque não tenho a competência de um Pablo Villaça, ou a descontração e entusiasmo contagiante do Bernardo Krivochein, mas, como acabei de voltar da sessão do filme, eu senti que TINHA de escrever algo a respeito dele.

O que eu posso dizer é que Guerra dos Mundos já entrou pra lista das maiores e mais inesquecíveis experiências cinematográficas pelas quais passei, ao lado de Matrix Reloaded (mais pela grandiosidade dos efeitos especiais (especialmente o desfecho da cena na rodovia), não se enganem), e O Retorno do Rei (eu realmente preciso me justificar por este?), isso pra não citar outros.

De longe realmente é um dos melhores trabalhos de direção de Steven Spielberg nos últimos anos, e é um dos filmes que apresentaram um dos efeitos especiais mais realistas que já tive a chance de conferir. Realmente impressionante todas as cenas em que os Tripods alienígenas atacam!

O primeiro ataque é de longe o melhor e mais impressionante por sua magnitude, e pelo realismo com que é mostrado, onde o Spielberg utiliza o mesmo estilo documental visto na seqüência inicial de O Resgate do Soldado Ryan.

A cena da discussão do protagonista com os filhos dentro do carro em movimento, com a câmera girando ao redor do veículo, entrando e saindo dele, enquanto corre pela rodovia, também é outro exemplo perfeito de como um bom diretor faz a diferença em um filme desse porte.

Aliás, as atuações estão excelentes e bem equilibradas, a história bem conduzida, e realmente consegue mexer com o espectador. A seqüência em que uma multidão tenta roubar o carro do Ray é de dar revolta em qualquer um (apesar de a gente ser forçado a admitir que em uma situação daquelas, dificilmente agiríamos de outra forma)!

Enfim, um filme que realmente vale pelo preço do ingresso, e pelo espetáculo visual que esperamos ver.

Só é uma pena os roteiristas terem conseguido dar uma bela de uma deslizada no final, que soou totalmente forçado, simplista e anti-climático. Andei lendo que o final do livro é assim também, mas, de qualquer forma, um filme desse cacife merecia um final mais memorável.

Mas, apesar de tudo, é uma produção que vale a pena assistir no cinema. Quem ainda não teve a chance de assistir (meio difícil nessa altura do campeonato, afinal, já faz mais de um mês que estreou), assista, mas NO CINEMA, por favor!! Na TV vai perder boa parte da graça, e as chances de se tornar uma experiência cinematográfica inesquecível vão por água abaixo (a não ser que você tenha a sorte de ser amigo íntimo do George Lucas, que tem aquela invejável sala de cinema em casa. Mas, daí, já é querer demais).

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Comentários:

blockbusters são blockbusters... geralmente é pra isso que eles servem, esses efeito especiais, pra impressionarem. Quase 100% das vezes um efeito especial é presente nos comentários sobre filmes de ação, comentários esses que são feitos por homens comunzinhos. É claro que não é o caso de vocês, senhores. Mas nem por isso deixa de ser legal. Às vezes pode se tornar repetitivo, mas não se pode ter tudo, afinal.

Aélsio | Email | 18-08-2005 01:21:06
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A questão aqui não é a qualidade, e sim a impressão q o filme me causou. Depois de um tempo, analisando melhor, e pesando os prós e contras, é claro q não achei o Reloaded tudo aquilo q ele me pareceu na ocasião. Mas, eu estaria mentindo se omitisse a impressão q o filme me causou na época. Eu realmente saí do cinema impressionado, vale ressaltar, com o ESPETÁCULO VISUAL, e não com a história (apesar de ter dado um nó no meu cérebro todo aquele papo do Arquiteto, mais pela forma "bombardeada" com q a explicação é apresentada no filme)! E, vale tb lembrar q o primeiro Matrix eu não assisti no cinema!

Wolv | 01-08-2005 12:25:04
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Wolv, na boa, na boa mesmo: comparar o filme Matrix Reloaded não é um elogio...

Ceres | Homepage | 01-08-2005 01:43:26

sexta-feira, 29 de julho de 2005

[RETALHO CULTURAL] Porque eu gosto do Monty Python

Uns acham esse grupo de comediantes ingleses geniais, por seu humor ácido, e suas tiradas inteligentes, enquanto outros consideram os caras só um bando de sujeitos pretenciosos atirando piadas "cabeça" demais pra serem entendidas, com situações aparentemente absurdas cujo principal objetivo é se tornarem um motivo mais "requintado" de risos.

Na verdade eu mesmo não posso dizer muito a respeito dos caras, já que o único trabalho deles com o qual tive contato até o momento foi o filme "Monty Python - O Sentido da Vida", onde eles tentam explicar justamente o título do filme, com vários capítulos relacionados a alguns dos assuntos essenciais da natureza e da história humana, como nascimento, morte, aprendizagem, guerra, entre outros.

Eu particularmente não acho o filme um "poço de motivos" pra soltar gargalhadas a cada segundo. Pelo menos não cheguei a chorar de rir com nenhuma piada, mas deu pra rir uma hora ou outra.

O que eu acho particularmente interessante no trabalho dos caras é como eles escondem por trás de uma aparente tentativa de fazer as pessoas rirem, uma crítica ácida, inteligente e perspicaz a respeito do ser humano de um modo geral. De suas falhas, de seus defeitos, da forma estúpida com que encara certos problemas, assim como da maneira alienada com que passa pela vida sem dar a devida atenção para os assuntos que realmente importam.

A respeito desse último "defeito humano", acho que o melhor exemplo que eu posso dar é um trecho de "O Sentido da Vida" que se passa em uma reunião de executivos do mais alto escalão de uma megacorporação, onde eles botam algumas pautas em discussão. Eis o trecho abaixo:


Executivo 1: Harry, você teve algumas idéias.

Executivo 2: Tive um grupo trabalhando nisto nas últimas semanas, e chegamos a dois conceitos fundamentais:

Um: As pessoas não estão usando muito chapéu.
Dois: Matéria é energia.

No universo, há muitos campos de energia, os quais normalmente não podemos perceber.

Algumas energias têm uma fonte espiritual, que rege a alma de uma pessoa. Porém, esta alma não existe ab initio, como ensina o cristianismo ortodoxo. Deve ser trazida à existência por um processo de auto-observação monitorada.

Porém, isto raramente é alcançado devido à habilidade do homem, de ignorar questões espirituais com trivialidades cotidianas.

(um longo silêncio...)

Executivo 3: O que você ia dizer dos chapéus?


Se conseguiu rir disso, sinto lhe dizer mas, pra você ainda há um longo caminho pela frente, meu caro... (se não entendeu, também...)

terça-feira, 26 de julho de 2005

[DIÁRIO] Sinal de vida

- Lendo "Minutos de Estupidez - Um Manual de Autodestruição" e tentando sobreviver até o fim;
- Trabalhando todos os dias essa semana e tentando sobreviver até o seu fim;
- Cheio de idéias pra textos, e tentando sobreviver até conseguir escrevê-los.

Enfim, tentando sobreviver até ser capaz de fazer o que eu realmente quero (seja lá quando isso for acontecer (e se...)).


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Comentários:

Instabilidade....eu ia usar esta palavra ..mas a achei forte demais..talvez injusto demais ...mas já que vc disse...quem sou eu não é? Não precisa falar de vc Wolv. Acho que já é tarde demais. Bjoo pra vc!

. | 29-07-2005 00:19:00
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"Acrescentar bem mais à vida de alguém" é uma expressão tão bonita, pena que não signifique porra nenhuma. Eu não conheço ninguem que atirou um livro longe ou trocou de canal e disse "isso não está acrecentando nada a minha vida". Que tosco...

Ceres | Homepage | 28-07-2005 20:35:35
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Uns dizem q eu sou complicado demais, outros q eu sou até bem simples de se entender. Qual dos dois grupos de pessoas está certo já é outra história. Só sei q nessa vida são poucas pessoas q se conhecem totalmente, portanto, prefiro não dar qualquer opinião a respeito de mim. Não q eu não me ache confiável, ou coisa do gênero. Minha instabilidade psicológica nada tem a ver com a confiança q eu procuro inspirar nas pessoas por mim. De qualquer forma, já falei demais de mim. Q alguém fale de si mesmo agora.

Wolv | 28-07-2005 19:12:59
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...Já percebeu que toda vez que eu falo com vc..ou venho aqui no seu blog .. vc é uma pessoa diferente? Vc não é uma pessoa tão simples de se entender como eu pensava que fosse...ou simplesmente não te conheço....vou escolher uma das opções se não se importa. Desculpa. Mas como eu já havia dito..não guardo mais para mim comentários que posso compartilhar. Até Wolv. (Estou num dia muito bom hj...desconfiando de todos...mas mesmo assim um dia muito bom).

. | 28-07-2005 00:54:41
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Sim, tb é uma boa pra quem não tá afim de gastar grana com um. Se bem q quem se presta a assistir TV aberta hoje em dia é pq gosta mesmo (seja pelo fato da pessoa ser medíocre, ou simplesmente pq gosta de se torturar mesmo). Pq, não me venham dizer q não tem opção pq tem sim. Não na TV, obviamente, mas qualquer cidade tem uma biblioteca pública, q por pior q seja faltamente vai ter um ou outro livro q possa acrescentar bem mais à vida de alguém do q ficar assistindo novelas, noticiários sensasionalistas ou jogo de futebol (isso sem falar dos programas de domingo, e os da tarde).

Wolv | 27-07-2005 22:00:32
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manual de auto-destruição para mim é a televisão, pois ela está sendoa coisa mais ignorante de todos os tempos,inves de informar ela deixa vc mais alienado, que já junto com sua baixa auto-estima te leva ao fundo do poço.

reginaldo pedro | Email | Homepage | 27-07-2005 13:41:08