terça-feira, 8 de novembro de 2005

[REFLEXÕES] Apenas mais uma observação sobre as contradições humanas

Como podem observar nos dois posts abaixo, nosso amigo mantenedor deste blog acaba de dar mais um dos infindáveis exemplos de quão contraditório pode ser o comportamento humano.

Em um primeiro momento ele nos oferece um texto falando sobre sua atual condição de "buraco negro inspiracional", relatando, com um certo orgulho, sua busca por novas inspirações, tentando justificar para si mesmo sua atual falta de empenho na tentativa de novas incursões no campo da "literatura amadora". Já no dia seguinte à postagem do texto em questão, sem grandes explicações, e qualquer tipo de "preparo do terreno", lança em terra uma nova semente para que ela germine, em uma tentativa de colher um conto sem muita razão de ser.

Segundo me consta, tal texto foi escrito, para a surpresa de seu próprio autor, durante uma "erupção inspiratória expontânea", cuja lava se apossou de boa parte da área ocupada por sua consciência, a tal ponto que foi capaz de externar tais idéias sob a forma de palavras mesmo tendo sua mente envolta por ruidosas conversas parentais, e sons televisos incessantes.

Novamente nas palavras do autor, tal atitude, contraditória ao texto anteriormente escrito por ele, se apresentou de natureza incontrolável, um surto súbito de inspiração indomável, que começou com uma simples, límpida, e cristalina imagem mental de uma bolha d'água flutuando no ar, sobre uma floresta. Uma visão que ele achou lúdica, onírica, bela, e por fim sublime. Com um toque de mistério, e uma pitada de segredos insondáveis.

Uma simples bolha d'água seria capaz de render um texto? Como se pode confirmar abaixo, sim. E não só uma bolha d'água, "como qualquer coisa neste mundo", mais uma vez palavras do autor.

Mas, falava das contradições humanas, ou melhor, de mais um exemplo delas representado pelos dois posts abaixo. Na verdade não há muito o que dizer além disso. Às vezes a mente humana é obrigada a ceder às suas próprias limitações autoimpostas, simplesmente para que possa compreender que a maioria dos limites que crê possuir nada mais são que puro achismo, falta de autoconfiança, e especialmente, falta de fé em suas próprias capacidades.

E lá se vai mais um texto sem muita razão de ser, embora demonstre razão em suas palavras (uma nova contradição).

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Comentários:

A gente espera a temporada toda pra ver o Clark dar umas bolachas em alguém. Como isso nunca vai acontecer, esse é o segundo melhor entreterimento possível. Agora largemos essa palhaçada de civilidade de lado e voltemos a programação de xingamentos, sim

C | Homepage | 21-11-2005 16:52:23
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Tah, falei se quiser. Mas nem precisa, ja entendi o recado.

. | 20-11-2005 23:55:13

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Não, obrigado. No momento tenho coisas mais interessantes pra fazer.

Wolv | 20-11-2005 23:26:59

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Como sempre eu faço tudo errado. Se tu quiser entra no msn.

Heluza. | 20-11-2005 22:20:41

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As mãos Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. Com mãos se faz o poema ¿ e são de terra. Com mãos se faz a guerra ¿ e são a paz. Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra. Não são de pedras estas casas mas de mãos. E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas. E cravam-se no Tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas. Folhas que vão no vento: verdes harpas. De mãos é cada flor cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começa a liberdade. Manuel Alegre

Iolanda | 19-11-2005 00:14:25

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Vc deveria escrever mais textos com palavrão e xingamento, ficou muito bom!

Thiago S. | 18-11-2005 00:00:03

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O.O Acho que não fui uma boa influência x.x Meus parabéns Wolv, conseguiu dizer praticamente três palavrões, ou quase isso! xDDDD Agora tá explicado! Té!

Heluza. | 15-11-2005 00:38:42

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Ah, Luiz Carlos é o nome de um autor que tô lendo no colégio, gosto de representar e criar personagens, escrevi como se fosse um paulista suburbano, revoltado contra a vida e as pessoas >>>>>>>>>> vou tomar mais cuidado agora, pode deixa aprendi a lição <<<<<< DESCULPA

>>>> | Email | 14-11-2005 21:04:17

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Rodrigo wolv, aceita um pedido de desculpas? Nunca ninguém me dirigiu palavrões assim!!!! Realmente naum tenho nada a ver com sua vida particular, sou uma moça de quinze anos e fui intrometida demais>>>>>> acho que viajei além da conta. Mais uma vez desculpa ou melhor perdoe minha falta, sou espírita e estou morrendo de vergonha****** D:

>>>> | Email | 14-11-2005 20:55:19

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Sabe, fazia tempo q eu tava procurando a oportunidade pra dizer isto a alguém, e agora encontrei a pessoa certa: Luiz Carlos, VAI PRA PUTA Q PARIU, Ô FOLGADO!!! Quem pediu pra vc entrar no meio da conversa? O Queza q é meu amigo, não você! Ele é q decide como vai receber uma resposta minha, e eu q escolho como vou responder um recado dele. Se a resposta q eu dei A ELE não te agradou, o problema É SEU!!! Foda-se. Envia a sua opinião no meio do reto q eu tô pouco me fudendo pro q vc acha da minha resposta!!

Wolv | 14-11-2005 15:44:57

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??? Tu fez isso??? Cd o Wolv?

Heluza | 13-11-2005 18:10:16

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Meu, vi nos recados de um amigo vc dizendo que ele poderia se julgar feliz por vc restar respondendo-o. Achei tão pedante que senti a curiosidade de ver quem era. Eu fiquei a pensar: quem essa pessoa julga ser??? Se vc for pensar bem é um tanto ridículo... usamos esses meios de comunicação como mais um meio de comunicação, nada de mais!!! uiuiuiiiiii, não é compulsório meu, vc que escolheu... sua postura eu chamo de frescura, 'ai eu quase não entro', como vc é "difícil", ohhhhh!!! Prá que entrou, pseudo-intelectual????

Luiz Carlos Vermont | 13-11-2005 13:08:50

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Bah, que tempos...e nem entra mais no msn né..dexa assim..tenho uma notícia..desculpa, não segui teu conselho! Sorry xD Depois a gente se fala!

Heluza. | 12-11-2005 23:40:44

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

[CONTO] A Bolha d'Água

Não é importante saber como ela se formou, e sim que tal ser glombuloso surgiu, em um momento qualquer, sobre aquela floresta que ele fazia questão de refletir e distorcer reflexivamente em toda a sua glombulosidade.

Um ser líquido, fluido e irriquieto, que parecia querer se espalhar pra todos os cantos, mas que paradoxalmente fazia um esforço hercúleo para se manter coeso, embora fluidoso, flutuando lá no alto, desafiando a lei descoberta por aquele físico que todos conhecem, o qual acabou com qualquer esperança de um ser desprovido de asas e ossos ocos levantar vôo quando bem entendesse.

Fluindo em sua limitação existencial, ele não observava o que havia ao seu redor, acima, lá no céu, coberto de nuvens, e abaixo, na floresta de árvores com folhas de fogo, por entre as quais corriam divertidamente galhofósseis-protoplasdônticos, criaturas curiosas e interessantes, cuja descrição eu reservo para outra oportunidade, tendo em vista que ela não se mostra muito importante no momento, já que estamos falando do ser glombuloso que é o protagonista de nossa história.

Como dizíamos, tal construto líquido autocontido flutuava sobre a floresta de árvores-fogo, e apesar de possuir certos indícios de consciência, não tinha capacidade de enxergar nada, apenas de refletir aquilo que o cercava, sem a possibilidade de reter a imagem para si, mas apenas exibir tais reflexos distorcidos do ambiente para um possível observador externo.

Tão curiosa como a forma que tais seres glombulosos surgem sobre florestas de árvores-fogo é a maneira como desaparecem, ou, mais curiosa ainda, o que leva tais seres a decidirem, involuntariamente, desaparecer.

Em um dado momento de suas existências anti-gravitacionais fluidosas as bolhas d'água simplesmente se cansam de refletir o ambiente, e acham que seria mais interessante refletir sobre suas próprias existências, porém, antes mesmo de porem tal reflexão em prática, sua coesão molecular se desfaz, e eles explodem no ar, tendo suas gotículas evaporadas pelas folhas de fogo das árvores da floresta abaixo.

Uma pena não ser possível que uma bolha d'água previna outra para que não caia no mesmo erro, caso contrário, existiriam mais destes seres curiosos flutuando glombulosamente sobre as florestas de árvores-fogo, ao invés de ocuparem a lista dos seres reflexivos em extinção, logo abaixo de um certo símio que pensa ter ficado inteligente demais pra viver em árvores, e admitir que ocupa um lugar na tal lista.

domingo, 6 de novembro de 2005

[DESABAFO] Autojustificativas

Acho que nem preciso dizer que adotei com este blog a postura de só escrever quando me der realmente vontade. Não que eu ande em uma crise de criatividade, eu diria que é mais um caso de "autobloqueio criativo", pelo simples fato de estar consciente das minhas atuais limitações relativas ao tempo, o que não justificaria uma autorização da minha parte para que minha mente continue produzindo algo que não encontrarei oportunidade de exteriorizar em um processador de texto (já não consigo mais produzir manuscritos, minha mão perdeu a prática no uso de lápis ou caneta).

E, não, estas não são explicações que estou dando aos meus leitores a respeito desse período quase inativo do Existindo na Inexistência (apesar de o próprio fato de eu afirmar que isto não é uma justificativa direcionada a vocês já torná-la uma justificativa direcionada a vocês), mas quase uma transcrição das justificativas que, a cada dia, eu dou a meu próprio "espírito criativo".

Claro que ainda possuo muitas idéias, que vão desde pequenos contos a projetos de livros, de tirinhas, a possíveis parcerias para emplacar uma HQ mais "pretensiosa". Acontece que também existem muitas idéias neste mundo com as quais não tive qualquer contato ao longo do meu curto período de existência, que podem, por sua vez, "excitar" minha criatividade, tornando-a mais apta para ser posta novamente em prática. Livros e histórias em quadrinhos geniais que ainda não tive a chance de ler (nestas duas categorias posso destacar no momento, respectivamente, duas obras-primas: O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson, e Monstro do Pântano, de Alan Moore), além de uma série infindável de filmes, séries de TV, e por aí vai.

Obviamente eu sei que não serei capaz de usar minha atual encarnação pra ler e assistir tudo que eu gostaria, assim como ninguém neste mundo conseguirá fazer tudo que quer durante sua vida, mas, me contentaria se eu desse conta de ler e assistir o que andei acumulando ao longo do último ano em matéria de livros, HQs e filmes aqui em casa, todos devidamente distribuídos em dezenas de CDs.

Costumo dizer que eu tenho material pra me entreter por anos aqui em casa, e atualmente estou usando meu tempo livre na frente do computador pra "assimilar" parte destes dados, que eu costumo chamar de "fontes múltiplas de inspiração" (outra autojustificativa).

Tá, até aqui eu nada mais fiz do que dizer, de maneira mais extensiva e um tanto maçante, o que já havia dito anteriormente em posts mais "econômicos". Mas, acho que é algo que merecia ser devidamente registrado para consultas futuras. Algo para se ler daqui a algumas décadas, quando eu pensar neste último ano e não conseguir me lembrar de nada muito produtivo a respeito dele. Pelo menos, em uma consulta de meu "eu futuro" a este diário virtual, ele conseguirá encontrar a justificativa pra essa falta de produções que dominou "aquele longínquo 2005".

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Comentários:

Ai... sorry! acabei pegando seu msn e tacando lá no meu! se vc achar q tudo bem, me autoriza... sei o qto é chato ficar aparecendo caixinha de gente q vc num conhece, mas é q eu curto muito o q vc fala sobre lost, e faz tempo q deu vontade de falar com vc. Já li esse blog há muito, mas num comentei antes. e num deixei scrap no orkut pq meu amigo deixou msg antes e eu fiquei com vergonha, hahaha... eu q falei tanto de vc pra ele q ele te chamou pra comunidade... VIVA!!! parece q vc se juntou a nós! bom, é isso! tudo de bom!

Carol | 07-11-2005 18:04:25