sexta-feira, 13 de julho de 2012

[RETALHO CULTURAL] Supergods (ou Por que você deveria ler um livro sobre super-heróis mesmo não gostando deles?)

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Por passagens como esta (tradução livre do original em inglês):

“Culturas estrangeiras, sob a forma de Lenny Bruce, os Beats, e os boêmios, estavam desenvolvendo uma nova linguagem bárdica para expressar coisas que até então assombravam os pensamentos de homens e mulheres às quatro da manhã, em um mundo cujo sentido eles mal conseguiam entender do berço ao túmulo. Diziam coisas que todos sentiam mas nunca ousavam articular porque eram proibidas pelo consenso. Uma nova disposição - uma disposição especialmente americana - de não zombar, mas sim aprender pelas margens, estava abrindo o país para sua sexualidade, seus medos e fantasias de liberdade e escravidão, emancipação e controle mental, homem e máquina. Era a época para novos sonhos substituírem as cascas vazias, abandonadas e bombardeadas dos antigos. O futuro não seria negado.

O Superman dos anos 1950 incorporou alegremente cada terror humano por nós: numa sucessão de suas primeiras aventuras da Era de Prata, ele se tornou monstruosamente obeso, ganhou uma cabeça de inseto, virou um monstro de Frankenstein, ganhou uma cara de leão, um cabeção, virou um ‘homem do futuro’ sem emoção, e um velhinho trêmulo voando com o auxilio de uma bengala.” - Grant Morrison