sexta-feira, 31 de julho de 2009

[CONTO] As Árvores da Memória - Capítulo 6


Trees in Snow de Pnewbery


Perdeu os primeiros capítulos deste conto? Então clique nos links abaixo para atualizar-se:
1º capítulo | 2º capítulo | 3º capítulo | 4º capítulo | 5º capítulo



Voltou seus olhos mais uma vez para a "Árvore das Negações", e começou a refletir sobre o que faria a seguir. Pegaria uma nova folha para sorver mais uma de suas lembranças perdidas? Ali era o melhor ponto de partida para dar início à sua busca por si mesma? Não seria mais adequado pensar cuidadosamente antes de dar o próximo passo?

Decidiu voltar para o degrau onde estava quando quebrou o cubo de vidro. Lembrou-se de que havia arrancado o degrau que viria logo após o seu, o qual largara no abismo branco. Por isto ficou confusa quando notou que o degrau vermelho estava lá novamente, como se jamais houvesse saído do lugar. "Auto-reparo?! Estou começando a gostar daqui!" Prosseguiu a subida.

Esquerdo, direito, esquerdo, direito... Braços abertos. Atenção nos degraus e nos pés. Apreciação da paisagem belamente surreal. "Mas... se os degraus são reparados automaticamente... por que o cubo não se reconstruiu? (...) Isto significa que eu recuperei definitivamente o acesso àquela árvore?" Continuou subindo até um novo cubo chamar-lhe a atenção. Era de vidro negro, o que tornava impossível enxergar seu interior. Em todas as suas faces trazia uma placa vermelha com letras brancas dizendo: "REPRIMIDA"

Sentiu-se novamente invadida por uma impulsividade incontrolável, arrancou o degrau vermelho seguinte, e bateu com ele no cubo negro. Nem sequer tremeu, ao contrário de seus braços. Perdeu ligeiramente o equilíbrio, mas não o bastante para derrubá-la. Aproximou os olhos do ponto onde batera, e não viu nenhum arranhão. "Essa proteção toda deve ter um motivo realmente forte." Olhou mais uma vez para a placa vermelha gritando REPRIMIDA em letras quase ofuscantes, e isto foi o suficiente pra retomar a subida, carregando consigo o degrau arrancado.

Agora subia os degraus com menos pressa, observando atentamente o conteúdo dos cubos de vidro transparente, especialmente o que traziam escritos em seus portais. Ao longo da subida passou por árvores que carregavam MEDOS, DESAFETOS, DORES, FILMES, LIVROS, COMIDAS, TEXTURAS, FRASES, CHEIROS, DECEPÇÕES. Parou em DESEJOS. Arrebentou seu cubo, degraus vermelhos brotaram até a árvore deitada em seu interior, caminhou até ela, arrancou uma folha a esmo, e leu: "Queria que todos estivessem aqui!"


CONTINUA...

terça-feira, 28 de julho de 2009

[OPINIÃO] People Don't Change

Pois antes do bom doutor Gregory House se tornar politicamente correto e defender mocinhas estupradas, bebes focas e arco-íris (sim quarta temporada em diante, estou olhando pra vc) ele já foi um grande personagem, do tipo "wow, eu vou lembrar disso daqui a 20 anos". Uma das suas características mais marcantes é dizer na lata, na chapa, na cara dura aquilo que todo mundo pensa e não tem os culhões necessários para dizê-lo. E o Dr. House costumava ter culhões que fariam inveja a um Decepticon do Michael Bay.



Duas de suas mais famosas frases são: "everbody lies" e "people don't change".
Todo mundo mente e as pessoas não mudam. Quer verdade maior que essa?

Estudo de caso: estava eu ocupado de embuchar de gol até os ouvidos reumáticos dos defensores do campeonato espanhol no "11 vencedores" e escutando a radio Gaucha pela interwebz, como usualmente faço após um exaustivo dia de trabalho estivo e viril.

O programa que era um "noticioso", como meu pai costumava dizer, virou um especial sobre a terrível, comunista, comedora de criancinhas gripe malvadona A. E isso não foi a primeira nem a segunda nem a googleplexiana vez, e então eu posso dizer que eu tenho um problema. Pq veja, tem duas coisas que eu realmente odeio e posso dizer odeio do tipo "eu amarraria teu sovaco num formigueiro", esse tipo de odeio: modinhas (ou hype se quiser ser engrish) e anti-modinhas, mas se esta afetando minha rotina harwardicamente calculada, então eu tenho um problema. E o meu maior problema é que as pessoas não mudam, elas continuam a ser estupidamente idiotas.

Por isso eu tendo a não me meter com modinhas, atraem toda sorte de gente idiota, intragável, chata, feia e boba. Se tem duvidas, é só acessar o
Judão. Mas dessa vez eu realmente vou abrir uma exceção pq é essa maldição dia e noite, noite e dia onde quer que haja um pedaço de papel ou alguém falando até num telefone de barbante e latinhas de Nescau.

Então tenho uma opinião bastante simples sobre a tal da gripe A, uma opinião moderna e politicamente correta: VAI TOMAR NO ...



Eu tenho medo de algumas coisas, sabe? Tenho medo de musicas dos anos 50 tocadas em gramofone, tenho medo de altura, tenho medo da democracia e acima de tudo, tenho medo que o Willian Bonner diga no jornal nacional "é bom comer bosta de vaca". Pq sério, no dia seguinte não vai ter uma vaquinha sequer a salvo nesse país...

Que fique claro que o Willian Bonner é apenas um exemplo genérico, eu realmente tenho repulsa pelo tipinho "uuh, meu pão caiu com a manteiga virada pra baixo é culpa da Globo".

A imprensa de modo cada dia me surpreende mais com a tentativa de fazer uma versão global live action do livro 1984, embora não tanto as pessoas. Sério, quando um numero razoável de pessoas não para, coloca a mão na cintura e diz "cara, não é sério uma porcaria dessas" é pq tem algo muito, muito errado com o mundo...

Depois de Isabellas, Suzannes, Joões Helios e Eloas (que alias vc nem deve lembrar mais quem são), a modinha da vez que vai ultra mega mudar a sua vida é essa porcaria dessa gripe.

Bem, falaremos sobre a gripe então.

Eu não sou médico , nada entendo de doenças e em circunstâncias normais não abordaria aqui um assunto relativo a saúde. Acontece que esta nova gripe, segundo a OMS proveniente de uma nova estirpe da gripe espanhola que matou Al Capone já me deu cabo da paciência. Pelo RIDICULO de toda a situação.

Depois da guerra de nervos que foi a gripe das aves que fez com que a Roche ter que comprar 15 caixa fortes iguais as do tio Patinhas para guardar tudo que ganhou, surge do nada uma gripe que inicialmente se dizia suína, mas os produtores de porcos deram uma apertada na OMS e ela foi promovida a gripe A. Um mundo onde até o nome das doenças estão a venda é um mundo que vale a pena viver, chupem comunistas!

Como todos sabemos o influenza, como qualquer vírus, pode sofrer mutações e provocar graves pandemias. Ou seja, é um FDP perfeito, um canalha tão cafajeste que se fosse humano as mulheres se jogariam aos seus pés na rua para ele pisar em cima de tapete. O que prova que se Deus existe, o cara tem um senso de humor fenomenal e eu seria um dos seus maiores fãs.

Mas o curioso nessa história é que até hoje ninguém, estudou o foco, onde surgiu, como e quem foi o transmissor inicial. Mas ok, isso é o de menos, essa nem é a curiosidade mais interessante, a incrível coincidência mesmo é que a gripe surge no ano em que a medicação que a Roche criou para combater a famosa gripe das aves chegava ao fim do prazo de validade.

Mais estranho ainda, que estando o mundo rodando ciranda de braços com uma pandemia dita perigosa , o UNICO medicamento milagroso para a curar, o famoso Tamiflu (que foi o tal remédio criado pela Roche para a gripe aviaria e estava mofando nos depósitos), se vende nos balcões das farmácias na Europa a 25 euros a caixa sem receita médica. No Brasil é pior ainda, não se vende o Tamiflu porque o governo federal MONOPOLIZOU a compra e tudo que a Roche consegue produzir é imediata e magicamente trocado por espelhos, colares de contas e dinheiro dos impostos. Mas que beleza, heinho Batista?



E Um Remédio para a todos controlar...


Ainda mais estranho se tivermos em conta que os doentes internados com a famosa gripe A, muitos deles não são tratados com o tal Tamiflu simplesmente porque... não é necessário. A letalidade do vírus é patética e imbecilmente baixa, mas eu já chego lá.

Onde eu estava? Ah sim, eu tenho nojo da verdadeira onda de histerismo que os jornalistas criaram em torno disto. Primeiro assustaram toda a população com o novo e mortal vírus, buuu.

Andam com vela em vigília em busca de infectados para noticiarem e divulgam como se fosse um resultado desportivo. E quando morre a primeira pessoa fazem uma tragédia.

Tenho pena que o nosso jornalismo e os nossos políticos sejam isto, mas sobretudo tenho pena de mim mesmo em viver em um lugar onde o povo homologa essas babaquices e vive como se não pudesse ser diferente. Eu sou um personagem trágico, eu sei...

Cheguei a ouvir debates na TV onde alertavam e previam quantos milhares seriam infectados e morreriam, buuu, e só me apetece dizer de novo, não sejam RIDICULOS SUAS ANTAS GORDAS PRENHAS! Se a gripe fosse de fato grave e a quisessem conter teriam evitado o contato dos doentes infectados com a população, Não os mandavam para casa com medidas de prevenção e nem os mantinham internados 3 dias quando o período de contágio é sete. Tenham vergonha na cara. Não mobilizem hospitais que tanta falta nos fazem, para esta palhaçada. TU FAZ IDÉIA DO QUÃO INSANA E DOENTEMENTE IMPOSSIVEL É SER ATENDIDO NUM POSTO DE SAUDE NO BRASIL HOJE POR CAUSA DO PANICO GERADO POR ESSA PALHAÇADA?

Sério, eu tava no hospital fazendo um raio-x e panz e levemente resfriado (que alias já passou, boohoo o vírus mortal fazedor de viúvas não me pegou) e espirrei uma única vez, eu juro que vi um velhinho sentado ali perto apertar a mão contra a bengala pra me linchar ali mesmo. WTF JOSE?!?

A gripe sazonal vem todos os invernos mata milhares de pessoas nosso país mas nunca ninguém ligou (porque a Roche não tinha interesse nisso?). Houve mês passado um surto de varíola que matou algumas crianças e também ninguém falou. Provavelmente a Roche não tinha o remédio milagroso para varíola saindo de validade nas prateleiras.

A gripe A, suína ou o raio que os parta, é uma gripe benigna comparada com a gripe comum, muito menos infecciosa que a sazonal e que se cura sem problemas. Os casos de morte foram de pessoas que sofriam de doenças graves e estavam muito frágeis e essas mortes ocorrem com todas as gripes. Não se sabe de fato, que pode acontecer se uma pessoa se infectar com o H1N1 e com o influenza da gripe sazonal. Poderão sofrer mutações ou até gerarem uma estirpe mais forte do vírus que poderá provocar uma pandemia perigosa. Mas isso é uma mera hipótese.

O que se tem de fazer é tomar as precauções normais que se tomam em caso de gripe. Em pessoas saudáveis a gripe A não tem qualquer gravidade. Devem claro consultar o médico e tomar medicação como em qualquer gripe. Qualquer gripe mal curada mata. Vamos parar com este monte de mentiras, de histerismo coletivo. Estamos perante uma gripe normalíssima.

O que, vc não acredita em mim?
Ok, vamos ver alguns números então:

PESSOAS QUE MORRERAM DE GRIPE A DESDE O INICIO DO HYPE EM ABRIL: 45 mortes em 4 meses
PESSOAS QUE MORRERAM DE GRIPE COMUM NO BRASIL APENAS EM JULHO/2008:4,5mil pessoas morreram e decorrência da gripe comum. Vou repetir:
QUATRO MIL E QUINHENTAS PESSOAS MORRERAM EM UM MÊS.

O BRASIL TEM 625 CASOS CONFIRMADOS DE GRIPE A EM 4 MESES:
625 casos (de uma doença cuja média mundial é de 99,4% de ... não acontecer nada) em 4 meses, isso é UM SÉTIMO DO QUE MORREU, BATEU AS BOTAS, EMPACOTOU, FOI DESSA PRA UMA MELHOR, FOI PRA TERRA DOS PÉS JUNTOS devido a gripe comum em UM MES de 2008

E aí enquanto os jornalistas rolam de rir com a vida fácil que eles tem (ou do quanto alguém ta levando por fora pra manter essa palhaçada), a Roche rola de rir sem saber mais onde enfiar dinheiro, o Sarney rola de rir pq ninguém mais lembra dele (quer dizer, os pamonhas do twitter acho que lembram, mas tava falando de seres humanos), o Super Obama ta rolando de rir pq ninguém mais lembra que forra os pet shops com o já combalido caixa do governo americano, a Ana Maria Braga ta rolando de rir pq ela pode pagar de "formadora de opinião"...




Enfim, enquanto todo mundo se diverte, temos casos assim:

'Enfim, enquanto todo mundo se diverte, temos casos assim:

'Eu estou atordoada'
Ao saber que uma moradora da Furquim Mendes, no Jardim América, havia morrido, devido à gripe suína, a dona de casa Regina Celi da Silva Coelho, de 44 anos, caiu em prantos. Numa comunidade onde não há infra-estruturas e os moradores se dizem esquecidos pelas autoridades, a notícia caiu como uma bomba.

- Estou atordoada. Meu neto está com febre e minha neta, com pneumonia. Como vai ser se eles pegarem esta gripe? Vão morrer? Porque quando tem epidemia de dengue, ninguém faz nada. Será que, agora, vão fazer alguma coisa? - perguntou Regina.



Há Há. Que engraçadão, né?
Cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro. No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos. Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano. Bandidagem. Dengue. Transito. Cerveja. Torcida organizada. Maquinas de refrigerante. Pianos caindo do 8o andar. Se bobear até filme ruim é mais perigoso que essa joça.

MAS AÍ EU TENHO QUE FICAR OUVINDO RODINHAS DE CONVERSA DIA E NOITE POR CAUSA DE UMA BOSTA DE VIRUS QUE É MENOS LETAL QUE TAPETINHO DE BANHEIRO! VÃO SE FERRAR, CAZZO CULLO!

Ok, cansei disso. Voltando ao ponto do House, pessoas não mudam: elas são burras e manipuláveis. Vc inclusive.

E o melhor remédio para combater a gripe A é desligar a televisão.
Então faça um favor por mim: se vc ver uma pessoa de mascara na rua, soque-a. Repetidamente.

domingo, 26 de julho de 2009

[REVIEW] - O Exterminador do Futuro - A salvação (de que, em nome do bom Deus?!?)

Bem, antes de qualquer coisa permitam que eu me apresente. Eu sou Cilon, amigo do Wolv desde tempos imemoriais (não é exagero, não existia a santissima trindade Google, Youtube e Wikipédia então é praticamente pré-história). Sou solteiro, falo inglês e sei cozinhar macarrão, interessadas deixar comentário com email. Ok, passadas essas trivialidades, vamos fazer o que eu vim fazer aqui: fazer vocês não gostarem de mim. Pq? Ora pq a verdade fere, a verdade deixa cicatrizes, a verdade machuca quase todos os corações.

Então falaremos do T4 e não é da linha de onibus Porto Alegrense: Exterminador do Futuro - A Salvação estrelando Batman (eu acho uma sacanagem ninguem ter dito pro Christian Bale que o filme não era sobre um vigilante noturno com sérios daddy issues, mas enfim).


O poster faz tchan...


Curiosamente, foi o proprio Batman o responsavel por esse filme. Quando alguem teve a sacada "ei, esses filmes tão uma piada, e se a gente fizesse uma coisa série e fodona?" sobre a série do Batman (com o morno Batman Begins), os reboots de franquias viraram febres. Rocky, Rambo, Star Trek e por ai vai. Basicamente todas as franquias que foram reduzidas ao status de piada nos anos 90/2000 estão voltando remasterizadas, sisudas, clean e tal tal tal. E assim não podia ser o nosso bom e amado Terminator cuja versão 1 é um épico do cinema, o 2 é algo que vc enterraria numa capsula do tempo para as gerações futuras e o 3 é uma piada de muito mal gosto.

Então acontece que saiu Terminator 4 e parecia que não tinha como não dar certo: era o que os fãs esperaram anos para ver, o tal futuro das maquinas pisando em cranios humanos, uma resistencia humana mais lascada que prostituta virgem em arrastão, direção do grande McG (responsavel apenas por Supernatural, uma das séries mais legais da televisão atualmente) e estrelando o Batman (aka Christian Bale).

Agora leia tudo isso, pare, pense e respire. Imagine o pusta filme que dá pra tirar desse paragrafo acima, certo? Quer dizer, como errar, não é? Só ficaria melhor que isso se tivessem ninjas, piratas e zumbis (alias eu não entendo pq TODO filme não tem ninjas, robos, piratas e zumbis), certo? Dibrou o goleiro, fintou o zagueiro é só empurrar pro gol, certo? É largar a moeda e cara vc ganha, coroa vc não perde, certo?


Connor: Pai, já te ocorreu que se esses robos quisessem realmente nos matar, já poderiam ter feito de 150 formas diferentes nesses ultimos 3 segundos?
Reese: porfavorquenãosejaumfilmedoMichaelBay porfavorquenãosejaumfilmedoMichaelBay...


É... certo...

... e se eu te dissesse que com isso tudo a melhor coisa do filme é a CG do Schwarza dos anos 80 no recem estreiado modelo T800? Sério. Quando o melhor do filme é uma referencia nostalgica de 5 minutos a um filme mais velho que a maioria das pessoas que vai ler esse texto, é pq algo tem muito errado na história, MUITO errado.

Quando o filme começou eu jurei que tava rolando era o trailer de Gears of War. Marcus? 2m de altura com braços de 4m de largura? Começa na prisão? Caraca, é Gears of War, quase tive um nerdorgasmo. Mas não era Gears of War, era uma sidestory sem o menor sentido.

Mas ja chegamos lá. Temos então John Batman Connor como guru espiritual da resistencia humana. Sim, eu não usei a palavra certa, não lider e sim tipo o Paulo Coelho do pós-apocalipse. SÉRIO. Resumidamente ele é um pau mandando dentro da resistencia mas ele tem um programa de rádio que diz "vc não estão sozinhos, eu amo vcs, vcs me amam, somos uma familia feliz" e por causa disso ele é a segunda pessoa mais procurada pelas máquinas (a primeira é o cara que viria a ser pai dele, mas como as maquinas ja assistiram os outros filmes sabiam disso de antemão)

Sabe como é, acontece que as maquinas podem lidar com humanos que as fazem perder recursos, tempo, território e são o saco, e com isso elas podem viver bem: o que elas não aguentam mesmo é a sessão "Fala que eu te escuto" do John Batman Connor no rádio amador e por isso elas querem John morto NAU, querem ele tão morto que mandariam robos viajarem no tempo para matarem a mãe dele, depois ele (por algum motivo só se pode voltar no tempo em ordem cronologica, vai entender...). Pensando bem, não tem como refutar essa lógica das maquinas, eu faria o mesmo... tai, simpatizei com as torradeiras...

A história toda gira em torno de uma frequencia de radio supersecreta que fazer as maquinas espumarem pela boca, girarem a cabeça e andar como uma aranha escadaria abaixo. O esquadrão classe A de John vai lá resgatar essa frequencia num poço artesiano hi-tech (o que só prova que a Skynet é obviamente brasileira e deve ter rolado um superfaturamento do caralho ali, só isso explica a existencia de tal instalação) e obviamente apenas ele sobrevive. No mesmo poço onde esta a frequencia, nosso Marcus Phoenix Wright ta tirando um cochilo, é acordado pelas explosões e acaba indo parar pelado no meio do deserto.

E gente pelada nessa série só pode significar uma coisa... Nesse filme em particular significa que a parte boa do filme acabou (com 15 minutos) e vc não vai perder nada se for pra casa e chutar alguns filhotinhos no caminho.

Sério, dai pra frente os caras parecem que apontaram uma arma pro roteirista e disseram "AI DE TI SE TU FIZER UM PERSONAGEM VAGAMENTE COERENTE, MAS UNZINHO SÓ..."

Estou falando de robôs de 20 andares de altura que conseguem se esgueirar por trás de você sem fazer nem um pio e personagens coadjuvantes que deselegantemente demonstram proezas físicas super-heróicas ou completamente desconhecem que o mundo acabou sem ninguém nunca se perguntar “MAS QUE PORRA É ESSA BÁTIMA?”

Estou falando de uma personagem que é durona e distante, o tipico estereotipo de mulher muderrrrrrna, mas que ao topar com um macho aleatório qualquer numa terra onde todo mundo que não é da tua turminhha é um baita FDP entrega sua arma e leva ele pra sua batcaverna sem nem pensar em conferir o cadastro dele no SPC. Não, espera, ela chegou sim e mesmo assim ajudou uma das fucking machines que fuckudeu com o mundo a escapar da resistencia num ato declaradissimo de traição pq... bem, pq o coraçãozinho de mulherzinha dela (pra manter a coisa em termos familiares) disse que ela devia confiar pq esse era bonzinho. Sério, é exatamente assim que acontece: "ok exterminadorzinho, pode fugir pq eu sinto em meu coraçãozinho que vc é dubem". Agora da licença enquanto eu vou ali vomitar repetidamente alguns litros de lete de magnésia desmanteigado.


ROBO GIGANTE: Droga, esse não é um filme do Michael Bay... eu me sinto tão desequipado aqui em baixo...
DEVASTATOR (gritando lá de longe): HA-HA!


...

Ok, voltei... onde eu estava? Ah sim...

Estou falando de um robo-exterminador Transformer que acerta com precisão milimétrica um casal de moscas em pleno coito mas diante da fuga dos nossos herois apenas lança robozinhos inuteis ao invés de vaporiza-los como fez com todos os outros figurantes (o que prova que a unica coisa que pode te manter vivo em um filme é ter nome).

Enfim, nada no filme faz sentido.
Kyle Reese esta vivendo sozinho numa cidade abandonada pq... hã... bem...
As pessoas da resistencia entregariam suas vidas e seus bumbumzinhos a John Connor com um frasco de lubrificante na mão pq... hã... bem...
As maquinas querem tanto Connor morto pq... hã... bem...
As maquinas sabem onde fica o quartel da resistencia mas não bombardeiam tudo pq... hã... bem... ao invés disso elas bolam um plano maligno tão maquiavélico mal que fariam o doutor Evil sapatear de inveja. Alias é um plano tão mal que só faltou elas amarrarem o Connor em uma armadilha infalivel enquanto contavam o plano maligno do mal e iam embora antes dele estar morto porque tinham certeza que a armadilha era terrivelmente inescapavel. Sim, a Skynet é um vilão do 007.

Pra vcs terem uma idéia de como o roteiro é furado, assim que os militares conseguem a tal "frequencia desmilinguadora de maquinas" o que eles fazem? Vão até a central da costa oeste da Skynet para desativa-la e... e... espera, o problema da Skynet não era que ela era como a internet e NÃO POSSUI BASES PARA SEREM ATACADAS?!? COMO CAZZO ASSIM AGORA A IDÉIA É ATACAR A BASE DA SKYNET?!?

Precisa dizer mais? Ok, eu digo: tem uma hora que a resistencia tem a opção "vamos nukar a MALDITA BASE DA SKYNET E GANHAR A GUERRA E SALVAR A MILHÕES DE VIDAS" ao que Connor responde "não façam isso, não posso permitir que algumas centenas que já estão mortos (se tiverem tanta sorte) sejam sacrificados para salvar milhões!". E sim, ele usa o lendário e odiado "se fizermos isso seremos iguais a eles!"

Imagine a situação: estamos em 1939, vc sabe o que vai acontecer nos proximos anos e vc tem a opção de jogar uma bomba em todo o alto comando do Heich alemão, matando alguns inocentes no processo mas evitando uma guerra que devastaria as vidas de MILHÕES!!! John Connor é o cara que diria "não podemos fazer isso, isso nos tornaria iguais a eles!". O Connor até tem motivos pessoais pra fazer isso, mas e os babacões que disseram "fodam-se os meus superiores, o cara do radio mandou parar então eu paro!"

Cade meu baldinho de vomito?

Alias se é pra falar do Connor, vou te dizer que ele também não é também um bom orador e líder carismático, seus discursos no rádio não só são bobos como por serem transmitidos em canal aberto deviam alertar toda rede da Skynet, é só pegar um bombril e ligar numa pilha que tu escuta! POUTAQUEPARIU BÁTIMA, O QUE DIABOS A SKYNET QUER COM ESSE CARA? É como se a Al-Qaeda esquecesse os porcos imperialistas americanos e dedicassem sua cruzada para caçar o apresentador do "Fala que eu te escuto"

Não bastasse isso, o filme é absurdamente "for dummies", foi feito tão para crianças autistas cegas-surdas-mudas que eu me impressiono que esse filme não seja PG livre. Quer um exemplo? É dito umas 250 vezes "hm, mas que coração forte vc tem heim Marcus? Beleza de coração, bom mesmo". Preciso dizer que o coração dele seria usado depois?

Outro problema do filme é que a Skynet é miguxa.
Sim, isso mesmo, eles não querem machucar ninguem, oras!

Tanto é que os dois caras com a cabeça a premio na lista de "things to do" da Skynet são matar Kyle Reese (lembre-se que eles tem os filmes 1 e 2 em Blu-Ray, só assim para saber quem viria a ser Kyle Reese) e John Connor, e a Skynet captura os dois. Tem uma hora que o exterminador agarra John Connor pelo pescoço e... o atira longe para recomeçar a luta no qual tenta mata-lo. COMO ASSIM BIAL?!? Pq eles não enfiaram uma bala na cabeça do Kyle Reese e o Connor quando tiveram a chance? (e eles tiveram centenas de milhares)

E não só isso, a Skynet não só deposita todo seu plano Dr. Evil de matar John Connor beeeeem lentamente numa armadilha da qual ele não poderá escapar em alguem sobre o qual ela não tem controle, que pode decidir simplesmente não ficar do lado dela e... dá senha de administrador do windows pra ele fazer o que quiser na base dela! Ou pq a Skynet, dentro DA SUA BASE tem apenas UM exterminador para sair no mano a mano com o John Connor? COMO ASSIM SÓ UM, ESSA É TODO O PODER DE FOGO DOS CARAS? E pq o exterminador sai no braço com o John Connor, como assim eles não tinham nem uma pistolinha qualquer? Como diabos a humanidade conseguiu perder essa guerra então?

PQP! CHOREI! Paulo Coelho com certeza tinha o roteiro desse filme em mãos quando escreveu "Na margem do Rio Pedra sentei e Chorei". O filme é todo cheio de momentos sem coerencia ou sentido assim.

Vamos lá, nome aos bois, primeiro: não existe um Terminator propriamente dito. Nada daquela coisa terrível, imparavel e aterradora. No lugar dele, temos dezenas de maquininhas esqueciveis e destruiveis. Então a tensão real que te prende nas cenas de ação esta faltando. Quem não lembra do T-800 e do T-1000 e a sensação de OMFG COMO SE PARA ESSA COISA? Esse era o mais carismatico aspecto da série e foi pro saco, é tipo como fazer um Sexta-feira 13 sem o Jason.

Segundo: pode ser que Connor um dia salve o mundo e ganhe a guerra mas enquanto isso Bale podia nos dar alguma coisa para gostar enquanto isso. O John Connor dele parece um Keanu Reaves mal-humorado e 1/2 carismatico.

Terceiro: o diretor tem que se decidir. A história e o personagem de Marcus Phoenix Wright são mais interessantes, mas Connor é o grande JC, o salvador e nesse filme ele é apenas um coadjuvante da história. O que acontece quando o diretor tenta fazer duas coisas diferentes e contrárias ao mesmo tempo? Aumenta-se o volume e coisas explodem e era isso.

Enfim, acho que dá deu pra entender como o roteiro não faz sentido, os personagens não fazem sentido (os principais, pq os secundarios nem fazem idéia do que estão fazendo nesse filme ou pq estão lá... tem até uma garotinha muda que apenas esta lá para preencher cotas ou ela errou o estudio onde estavam gravando Alien 2, só pode), as ações tanto da Skynet quanto dos membros da resistencia não fazem sentido... mas pelo menos as cenas de ação se salvam?


Tenso, tenso, tenso... ok, vamos falar de coisas boas agora


Bom, primeiro de tudo temos que agradecer que o seu McG não é o Michael Bay. Isso quer dizer que os robos, mesmo os gigantes são visualmente compreensiveis e o Michael J. Fox não é o cameraman. Os efeitos especiais são bem feitos e fezem questão de usar bastante os recursos old school pra deixar o filme mais a ver com seus predecessores, com inumeras referencias (tipo exterminadores congelados e por ai vai)

Isso é uma coisa boa, afinal?
Hm, não tanto, não tanto... a ação do filme se resume Marcus saltando de uma cena de perseguição chocha para outra cena de perseguição chocha. É um videogame de duas horas ligando uma série de sequências que têm pouca razão de existir (só para lembrar, e hollywood volta e meio esquece disso, videogames são divertidos para se jogar não para assistir)

Claro, o tomo sagrado Exterminador do Futuro 2 também pode ser considerado como um agregado de cenas de perseguição, mas cada cena de perseguição forçava você a prender a respiração. Em TE2 não são apenas cenas de perseguição, são cenas de perseguição com um proposito (sobreviver/derrubar a Skynet/dar um jeito de matar essa coisa) e estão fugindo de um personagem formidavel e praticamente indestrutivel, TENSO até o osso.

Isso não quer dizer que as cenas de ação sejam ruins, as cenas de perseguição a lá Mad Max realmente são bem legais, os robos do futuro são legais... MAS SERIAM MUITO MAIS LEGAIS se tivessem um sentido dentro de um contexto com personagens que vc gosta. A sequencia toda do posto de gasolina é bem legal mesmo, mas é legal por si só e não faz diferença vc ver dentro do filme ou assistir no Youtube e esse é o problema todo aqui

Alias, isso me remete a uma coisa importante: No futuro, se você estiver andando por aí e encontrar um Exterminador, não saia correndo. Não faça isso.
Grite o nome do seu modelo o mais forte que você puder, tipo “Têêêê OITOCENTOOOSS!!!” ou “MOTO-EXTERMINADOOOOR!!”, e daí saia correndo. Assim as criancinhas lá em 2009 podem Googlar o brinquedinho certo.

Outro ponto positivo no filme é o tal do Kyle Reese (o que John Connor mandara de volta no tempo para ser seu pai e salvar a sua progenitora, não necessariamente nessa ordem), que começa como um moleque abobado mas se mostra um personagem bem interessante no fim das contas (alem do que ser fanboy do cara que viria a ser filho dele é muito doido) e segura o primeiro terço do filme. Claro, ele ignora alguns fatos como o cara que ele acabou de conhecer perguntar coisas do tipo "que ano estamos?" ou "como assim, que dia do julgamento? Que guerra?" mas a essa altura não se pode pedir demais

Das referencias aos filmes anteriores (tem até "venha comigo se quiser viver"), a unica que REALMENTE funciona é o governator Schwarza como modelo T800 saido do forno, aquilo ficou realmente legal

Enfim, o resumo da coisa é que é um filme de ação genérico e altamente esquecivel, embora alguma coisa assistivel. Daqui a 10 anos Terminator 1 e 2 continuarão sendo os dois unicos da franquia a importar. E como um lindo e belo coup of the grace, o filme dá um belo olé na cronologia e termina quase como começou. E vc achando que não tinha mais como perder seu tempo, né?

E sim, teremos um Terminator 5, mas não contem mais comigo pra essa. Sobretudo quando forem enfiar viagem no tempo na folha em branco que deveria ser o roteiro.

T3 foi um filme tosco, mas pelo menos o final fatalista dele grudou em você. Ao final de Terminator Salvation, eu saí da sala me perguntando por que eu sequer deveria me importar...

[CRÍTICA] Transformers: A Vingança dos Derrotados (ou seria A Orgia de Michael Bay?)

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Ontem eu assisti Transformers 2 e, ao contrário da definição usada na crítica do pessoal do Omelete pra descrever a sensação que o filme deixa em quem o assisti, eu não me senti estuprado por um dos muitos robôs que desfilam pelo filme, mas sim diante de uma masturbação michaelbayana, seguida de um estupro grupal num monte de ferro velho!

Sério, aquele filme é realmente uma sublimação freudiana muito mal-disfarçada das fantasias pervertidas de um diretor que já nos brindou em seus filmes anteriores com muito machismo, muitos closes pornográficos de praticamente tudo que compõe a maquinaria militar estadunidense, e, claro, sua mais conhecida marca registrada, as explosões cataclísmicas, e as cenas de ação a cada trabalho seu mais incompreensíveis.

A fixação de Michael Bay por máquinas chega ao ápice quando somos obrigados a engolir um pobre coitado encarando de baixo os testículos de aço de um decepticon enquanto este escala e destrói uma pirâmide. Portanto, meus amigos, não deixe o Sr. Bay trancado sozinho no angar onde você guarda seu caça F-22, pois você pode ter uma surpresa um tanto desgradável quando voltar.



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Por favor, não me deixe sozinho com esse cara! Ele tá me olhando de um jeito estranho!!


São quase duas horas e meia de muita pornografia robótica, Megan Fox trepando com uma moto, Shia LeBouf desempenhando o melhor papel do filme (o que não é nenhum grande feito, se formos considerar os outros colegas de elenco do rapaz) como um histérico que fica o filme inteiro fugindo pelo mundo afora com a gostosa de lábios genitalmente sedutores, e muita, MUITA MESMO, porradaria entre robôs gigantes, da qual, se você compreender uns, digamos, 10% do que está acontecendo ali, já será, este sim, um feito a ser comemorado.

Fora o Michael Bay, o grande problema de Transformers 2, também presente no primeiro filme, é o design exageradamente rebuscado dos robôs. Simplesmente NÃO DÁ pra entender, na maioria das cenas em que eles entram em ação, onde está um braço, um rosto, um par de testículos de aço, enfim. O que acaba com a parte do filme que poderia, quem sabe, se salvar das limitações de Michael Bay como diretor. Justamente as cenas pelas quais a maioria dos espectadores está pagando pra ver são as que menos entendemos WHATAHELL está rolando ali.



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Só apareci pra morrer e ressurgir no finalzinho... (mais Aslan que isto só se me botarem uma juba)


Portanto, guardem bem este rosto acima, pois será a única vez que o verá com tamanha nitidez. No filme temos que nos contentar com borrões metálicos multicoloridos movendo-se freneticamente numa espécie de sexo animal entre o Taz e o Papaléguas no meio de, claro, um punhado de explosões, e militares impotentes empunhando metralhadoras ejaculantes contra um bando de computação gráfica de primeira, mas da qual infelizmente não podemos compreender quase nada do que nos mostra (o que, se pensarmos bem, faz com que ela seja da pior espécie, no final das contas).

Enfim, deu dor de cabeça este filme, e só não digo que foi "déireal" jogado fora, porque pelo menos rendeu este post aqui. É libertador "carcá o nabo" em obras como esta, algo que meu amigo Cilon faria melhor do que eu (sim, isto é um incentivo pra voltar às velhas críticas, caso esteja lendo este post). Foi minha última tentativa com Michael Bay. Masturbação, assim como os trabalhos do diretor, perdeu a graça pra mim. Tá, eu confesso, ainda gosto de Armageddon e A Rocha, apesar de tudo.

Aproveito o post pra pedir desculpas ao Lucas e à Eliane. Não deu pra esperá-los sair do cinema pra gente trocar umas impressões sobre o filme. Tava chapado de cansaço e de muita dor de cabeça depois daquela lataria vibratória toda. Agradeço a Deus por não ter epilepsia...

sábado, 25 de julho de 2009

[Q?] WII // Tenso

Agora minha vida social ta quase extinta... comprei um Wii... =/

Sério, se eu ja tinha problemas de tempo por ter começado a jogar "World of Warcraft" (que vicia!), agora tenho que dividir o pouco tempo que sobrou com Mario Galaxy... a parada tá tensa!

"Tipo isso..."

...

Então, uns tempos atras marquei de ir a uma nutricionista para tentar me recolocar no peso certo, já que possuo alças da felicidade na região abdominal de meu ser. Hoje foi o dia marcado para visitar a mulher que iria reeducar minha alimentação. Tirando o fato que agora não posso mais comer batatas fritas todos os dias e refrigerantes, até que a dieta que ela passou não foi tão ruim assim... blablabla pao integral, coisas light, wiskhas sachet... o de sempre. O problema foi depois.
To eu saindo do prédio (que fica na avenida Brasil, pra quem não conhece, é uma... avenida... que... bem... liga o pessoal que mora mal ao centro... ah, e serve pra sair do estado também!) e o ponto de onibus se encontra cheio de espaços vazios. Deserto.

Eis que... ao longe brotam 2 PM's do infinito... um deles me olha torto e fala com o outro algo que não consegui entender...

EIS QUE...os dois vem na minha direção... e um deles saca a arma e coloca na frente do corpo apontada pra baixo...

EIS QUE... eu olho pra tras pensando "Fudeu, vai ter tiroteio!" e não vejo ninguem... Tremi!

To eu no ponto, dois PM's armados vindo na minha direção, minha cabeça a mil pensando que eu ia morrer sem nem ter terminado "Devil Survivor" do DS, nem colocado meu Hunter do WOW no lvl 80, nem ter praticado um dia de Parkour e o pior: sem ter tomado banho!



"OH NOEZ"


...





EIS QUE... meu onibus chega e eu entro nele com um pulo e quase grito pro motorista "ACELERA POR*$".

FIM :)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

[REFLEXÕES] Eu e Mim: Impressões de Ontem




Mim: E lá ontem, como foi?
Eu: Foi a experiência mais libertadora que eu já fiz em toda a minha vida até então!
Mim: Diga o que fez!
Eu: Acho que tudo começou 4ª feira, quando escrevi nossa conversa e postei aqui, pra que todos que quisessem lê-la tivessem acesso. Sabe, eu não ligo mais pro que as pessoas vão pensar de mim. Não dá pra dizer que desencanei total disto, mas em comparação ao que era antes foi uma melhora de uns... deixa eu pensar... 70%! É, acho que é uma estimativa razoável.
Mim: Certo. Então, você postou nossa conversa aqui e..?
Eu: Joguei um link direto dela lá no Orkut, na parte do "Quem sou eu" do meu perfil. Eu queria que todos os meus amigos lessem. Na verdade eu precisava disto!
Mim: Foi uma jogada bem arriscada, não acha?
Eu: Sim, foi. Mas, como eu disse há pouco, não me importo mais tanto assim pro que vão achar de mim. Quem gosta de mim de verdade não vai se deixar abalar pelo que eu disse lá. Aquele do post anterior sou eu, com as minhas neuras, minhas limitações, imperfeições, defeitos e crenças! Ontem eu não disse nada menos do que a mais pura e bruta verdade.
Mim: Você me parece satisfeito com isto.
Eu: Sim, estou mesmo. Demais!
Mim: E lá na sua psicóloga, como se saiu?
Eu: Ah sim! Hahaha. Foi mal, tinha me esquecido da sua primeira pergunta.
Mim: Sem problemas. Continue!
Eu: Foi lindo, cara! Antes de eu ir pra lá ontem, logo depois de tomar um banho assim que cheguei em casa, eu peguei as folhas onde imprimi nossa conversa, fui lá pro meu quarto, aproveitei que não tinha ninguém em casa, e interpretei ele todo! Hahahaha! Quem me ouvisse naquela hora com certeza pensaria que eu tava ficando louco! Mas eu nunca estive tão lúcido! E não pense que foi fácil interpretar Eu e Você não, meu velho! Levou um tempo até eu "calibrar" minha interpretação. Até eu pegar o jeito da minha verdadeira voz, dessa voz que ficou esperando anos pra sair de mim. De lá do fundo da minha alma! E a coisa foi tão boa, tão... transcendental, que mesmo eu tendo que interromper a interpretação no meio do texto, quando meus pais chegaram com a minha irmã, eu estava tão eufórico por ter pegado o jeito daquela minha voz verdadeira que a primeira coisa que fiz foi brincar com a minha irmã como há muito tempo eu não brincava, e contei mil casos pros meus pais, e falei todo empolgado da nossa viagem pra Passos semana que vem, e da minha missão de tirar uma foto com o Selton Mello, e depois eu vim pro PC e conversei com o Lucil, e há muito tempo eu não me sentia tão hilário, tão cheio de timming, sabe. E ele ria do outro lado, e apesar de ser um riso digitado, minha intuição me dizia que ele tava rindo de verdade lá em Passos, porque eu me sentia realmente engraçado, e quando a gente acredita em nós mesmos, a gente acaba convencendo as pessoas a acreditarem em nós.
Mim: Puxa! hehehe Agora você disparou.
Eu: E depois de falar com ele eu tomei um lanche rápido, me troquei, e fui lá pra casa da Márcia, e a primeira coisa que disse pra ela foi que eu leria a nossa conversa. E esta foi a primeira surpresa que ela teve, porque no lugar de ler eu interpretei! Eu me entreguei ao personagem, eu me tornei tão verdadeiramente Eu e Você, que eu saí de lá ontem mais Nós do que jamais fui capaz de ser! Eu me senti mais completo do que jamais havia me sentido antes!
Mim: Fale mais da sensação que teve quando terminou sua sessão de ontem.
Eu: Foi como livrar-se de um engastalho, sabe, como desobstruir uma passagem há muito tempo bloqueada, como desentupir um cano, tirar toda a ferrugem, e liberar um jorro de pensamentos, ações, gestos, idéias, atitudes, que há muito tempo golpeavam aquela pedra enorme que os impedia de fluir livremente por mim, através de mim.
De ontem pra hoje, em questão de horas, eu virei um rapaz mais despachado do que jamais fui. A ponto de fazer questão de resolver todos os problemas e pendências que eu precisava resolver hoje, a ponto de finalmente, depois de anos, me impor sem medo de ser mal interpretado, ou de achar que eu estava tomando uma atitude muito repentina se comparada ao padrão de comportamento mais retraído, introspectivo, que eu vinha seguindo, tipo, há dois dias atrás, pra você ter uma idéia.
Hoje, durante todo o dia, eu me senti, finalmente, interpretando eu mesmo da maneira mais vívida! Eu me senti mais vivo do que há meses não me sentia, porque eu estava finalmente sendo, eu havia finalmente me tornado quem eu realmente sou, quem eu de fato sou capaz de ser!
Eu falava pelos cotovelos lá na biblioteca! Eu conversei muito com a Elizete, e acho que ela ficou tão surpreendida, que tinha umas horas que eu olhava pra ela, e notava um brilho de admiração e até pasmo em seus olhos!
Cara, eu fiz piada pros funcionários que estavam lá, sem a menor inibição, e eles riram pra valer! Riram como se tivessem se esquecido totalmente de que aquele ali na frente deles era o mesmo cara de alguns dias antes que só fazia questão de ficar plantado na frente do computador cadastrando livros o dia todo e só abria a boca quando era realmente necessário.
E hoje, logo cedo, assim que eu cheguei lá pra abrir a biblioteca, antes de todo mundo chegar, do nada, da maneira mais espontânea e desengonçada possível, eu dancei, cara, dancei SEM MÚSICA! Dá pra realizar isto, velho?! Eu, Rodrigo Ferreira Simões de Souza, dancei feito uma bicha louca em pleno FIM DO MUNDO sem medo de ser feliz (nada contra as bichas loucas, OK? acredito que muitas delas são mais felizes do que a maioria das pessoas).
E depois que eu fiz isto eu entrei num acordo com o meu "monstro interior", sabe. Eu bati um papo com ele, e disse que eu não queria mais aquela guerra total. Eu prometi a ele um papel em muitas das minhas futuras criações, onde ele será o ator principal, e mesmo que não seja o protagonista, vou procurar, na medida do possível, incluí-lo como coadjuvante. Vou multifacetá-lo! Ele será meu instrumento mais precioso, querido e respeitado de sublimação do que há de pior em mim. Mas não o transformarei em uma marionete, um servo meu. Tudo será feito com cooperação, um quase companheirismo que, não duvido muito, se tornará até mesmo uma amizade.
Mim: E o que mais você fez depois disto?
Eu: Não pude evitar de pensar que muitas pessoas precisam só de um momento como o que eu tive ontem lá na casa da Márcia, e um pouco antes aqui em casa, pra darem o primeiro passo e tirarem essas coisas ruins que guardamos em nós por anos, talvez vidas inteiras! A maioria das pessoas não precisa de anti-depressivos ou anfetaminas pra aumentar o fluxo de seus pensamentos, atos, idéias. Só de um primeiro passo libertador em direção ao desentupimento dos canos que conduzem a sujeira que se acumula em nós, a sujeira psicológica, pra fora.
Mim: E com isto, com este primeiro passo, você ganhou mais espontaneidade.
Eu: Eu a chamaria de uma espontaneidade quase à flor da pele. Só não digo que é totalmente à flor da pele porque ainda há muito pra libertar daqui de dentro, muito pra manifestar, muitas idéias pra pôr em prática, muitas questões pra resolver, muitas limitações pra eliminar, muitas imperfeições pra corrigir.
Mas, pra um primeiro passo, este superou todas as minhas expectativas! Fiz surgir de dentro de mim um "eu" não-ególatra, um "eu" que, apesar disto, é mais ousado, menos temeroso, menos tímido e reprimido.
Mim: E como pretende manter este ritmo?
Eu: Continuando meu tratamento com a Márcia. Semana que vem terei finalmente minha primeira sessão de renascimento. Minha primeira revisita a algumas partes da minha vida que precisam ser revistas. Meus primeiros movimentos em direção a uma integração e cooperação maior entre as partes que me formam.
Mim: Não acha que está empolgado até demais com tudo isto?
Eu: Claro que estou! Não vou negar uma coisa que está tão evidente. Estou sim! E por que diabos não estaria? Sou eu agora, eu como realmente sou, e como de fato sempre fui, debaixo daquela camada toda de repressão e medos e inseguranças! Só não me sinto nas nuvens porque ainda tem muita sujeira pra ser eliminada, muitos problemas, probleminhas e problemões pra consertar aqui dentro, mas já me sinto com os pés de um bailarino, bem mais leve pra dar meus passos de dança, mesmo que desengonçados, mesmo que ainda doa um bocado pisar com o calcanhar direito, mas isto eu também vou dar um jeito de resolver logo logo, você vai ver!
E é claro que vou tentar me moderar um pouco, porque eu sei que a gente não pode se exaltar demais, a gente não pode ultrapassar um certo limite. Mas sempre pensando em ousar um pouco mais a cada dia, porque eu simplesmente já me cansei da merda que era ter medo de mostrar-me como de fato sou! Este sou eu! Ou melhor, este está sendo eu aprendendo a ser um pouco mais do meu eu verdadeiro!
Mim: É, estou vendo que você evoluiu muito em questão de dias.
Eu: Sim, e estou feliz com isto, e estou mais feliz ainda em finalmente dizer, sem pensar muito, que eu estou mesmo feliz. É uma felicidade muito grande aquela que conseguimos proporcionar a nós mesmos pelo simples fato de sermos nós mesmos!
E quer saber? Tenho mais uma coisa pra dizer. Mas esta é só pra deixar aquele gostinho de quero mais.
Mim: Pois diga logo!
Eu: Eu VOU convencê-la de que eu SOU mais capaz de fazê-la mais feliz do que ele! Eu SEI disto! Simples assim. Eu SINTO! Porque foi isto que o destino nos traçou! É assim que será! Sim, será desse jeito! Eu e ela, pra sempre, PRA SEMPRÃO, e mais seis eternos, infindáveis, intermináveis meses MUITO FELIZES..! Como diria meu querido Buzz Lightwear: "AO INFINITO, E ALÉM!" Sim, é assim que será...
Mim: Amém a isto!
Eu: Pode apostar!

[CONTO] UM DISTINTO SENHOR DE GUARDA-CHUVA


Uma das lembranças de minha infância que guardo com maior carinho é a daquele senhor. A época era outra. Televisão e internet não ocupavam tanto o tempo das pessoas. Principalmente em cidades do interior como era aquela, o mais comum eram pessoas sentadas pra fora de casa, apreciando o movimento ou apenas trocando meia dúzia de palavras com amigos e vizinhos.

Foi justamente numa dessas situações que eu o vi pela primeira vez. Essa lembrança ficou marcada em minha memória. Até hoje posso dar os detalhes.

Estávamos minha avó e eu, sentados no alpendre de casa. Era um dia agradável, ensolarado, mas de temperatura amena. Como estava de férias da escola, aproveitava para passar calmas e agradáveis tardes com ela. Enquanto ela olhava as rosas recém desabrochadas do jardim, eu brincava com um carrinho de plástico vermelho. Uma das rodinhas tinha soltado e eu estava tentando colocá-la no lugar. Foi entre um “vrum” e outro que o vi passar pela primeira vez. Caminhando bem lentamente pelo passeio, veio aquele homem. Não aparentava mais do que trinta e cinco anos. Usava um chapéu côco preto, combinando com um paletó também preto, riscado. Usava barba, mas impecavelmente aparada. Porém, o fato que mais me chamou a atenção, foi o guarda-chuva que carregava sob o braço. Era um guarda-chuva grande, de cabo curvado e ponta de aço.

O fato do guarda-chuva ter me chamado tanto a atenção, foi justamente o tempo que estava fazendo naquele momento. O céu se encontrava limpo, sem nuvem alguma. Qual seria a razão de ser daquele guarda-chuva? Já havia visto senhoras usarem sombrinhas para se protegerem do sol, mas aquele não era definitivamente o caso.

Passou por nós, retirou o chapéu, ofertou um “boa tarde”, voltou a colocar o chapéu e seguiu seu caminho. Imagino que minha avó também não o conhecesse, mas como mandava a educação, retribuiu o cumprimento.

Apesar da minha consternação por causa do guarda-chuva, aquela não teria passado de uma mera lembrança de infância, se não tivesse se repetido por várias vezes. Durante o período que passei na casa de minha avó, todas as tardes aquele senhor passava. Todas as vezes retirava o chapéu e nos cumprimentava. E todas as vezes carregava o mesmo guarda-chuva, estivesse fazendo o tempo que estivesse. Notadamente, naquele período tivemos apenas uns dois dias de céu nublado e um com chuva.

É curioso, mas ao refletir aqui, não me lembro dele ter passado no dia que choveu.

Foi interessante, mas aquela figura me impressionou de uma forma que não sei explicar. Talvez fosse a sua educação, a dignidade na sua figura, o mistério gerado pelo sempre presente guarda-chuva... não sei ao certo, mas o fato é que aquela figura me marcou. Marcou tanto que eu me lembro de minha mãe contar que deu trabalho para tirar um certo hábito que adquiri de querer levar um guarda-chuva pra todo lado.

Recentemente, estava eu voltando do serviço no fim do dia. Enquanto chegava no meu carro estacionado do outro lado da rua, procurava as chaves no bolso. Não pude deixar de notar que passaram por mim, dois enfermeiros, levando um senhor numa cadeira de rodas. Era um senhor bem idoso, com as rugas do tempo bem marcadas no rosto. Possuía um olhar vazio, com se pudesse olhar através de tudo e todos.

Esta seria mais uma cena corriqueira, já que sempre estaciono o carro perto daquele hospital. Mas alguma coisa, um fagulha me atiçava a mente. Aquela figura não era estranha. Dei outra olhada com calma. Era ele! Não tinha mais o chapéu côco. Não tinha mais a barba impecavelmente aparada. Mas tinha um guarda chuva. Não era o mesmo, esse que carregava agora era pequeno, daqueles que se compra em lojas de 1,99. Mas estava lá. Aquele senhor, aquela lembrança que tanto me marcara na infância, estava lá.

Não tive muito tempo pra abordá-lo. Logo foi colocado num carro pelos enfermeiros e partiu. Abordei um deles. Não resisti, tinha de saber mais sobre aquele senhor. Descobri que se chamava Pedro, e era portador de uma doença mental desde jovem. Um dos distúrbios que sofria devido à doença, era uma medo irracional de chuva, raios e trovões. Somente a presença do guarda chuva o acalmava.

Aquilo caiu como uma bomba. Um muro que desmorona. Um herói que cai. Interessante ver como a vida é. De vez em quando ela prega essas peças. E só nos resta conviver com isso. Ainda que respeitando seu estado, e sentido até compaixão pela situação, prefiro guardar a lembrança do senhor educado, da figura que inspirava dignidade e admiração. No fundo, apenas um distinto senhor de guarda-chuva.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

[???] CHEGADA

Olá, estou procurando pelo Existindo na Inexistência.

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Ah, é aqui mesmo? Que bom! Fiquei preocupado em não achar, pois ouvi falar que tinham mudado o endereço.

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Como? Me apresentar para os leitores? Tá bem, não sou muito bom com essas coisas mas vamos lá...

Saudações a todos os leitores do blog. Meu nome é Lucas Sampaio, e, atendendo a um convite do Wolv (ou seria convocação?), passarei a postar por aqui. Peço paciência com minha falta de experiência na coisa. Mas digo também que talvez vocês se surpreendam.

Bom, de começo, acho q é só isso.

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Ficou curta? Não vou acrescentar mais nada não... mas logo começo a postar.

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O que? Que peteca?

[REFLEXÕES] Eu e Mim: Um Monodiálogo



Me, Myself de Red Eye Loon


Eu: Não sei bem por onde começar...
Mim: Que tal do ponto onde surgiu esta idéia?
Eu: É, pode ser... Acho que foi por causa de Flubber e o Homem Bicentenário.
Mim: Tem certeza?
Eu: Não. Mas podemos começar deste ponto mesmo.
Mim: Ok. Fale-me de Flubber.
Eu: Eu gosto do Robin Williams. Acho ele um dos atores mais simpáticos de Hollywood. Não sei como ele é no dia-a-dia, mas, no meu caso, o que vale é a imagem que ele passa em seus filmes. Ele me parece um sujeito bacana. Do tipo que se a gente parasse na rua todo empolgado e dissesse "Uau! Você é o Robin Williams, cara! Posso apertar sua mão?", ele daria uma paradinha só pra estendê-la pra você, e ainda trocaria uns dois dedos de prosa enquanto você ainda tenta assimilar aquele encontro na sua cabeça falando de todos os filmes dele que você assistiu, e citando até um ou outro onde ele nem sequer deu as caras.
Mim: Então, você pensava no Robin Williams.
Eu: Não, eu pensava no quanto eu gosto do filme Flubber. Aquele das borrachinhas verdes que fazem um número musical, e cientista com o carro que voa naquela rua bonita a noite com a namorada.
Mim: É por isto que você gosta desse filme?
Eu: Não. Os efeitos especiais são legais, e é um filme divertido, como a maioria dos filmes do Robin Williams são. Mas gosto dele especialmente pela declaração de amor que ele faz à namorada dele.
Mim: O que tem de tão especial na declaração de amor?
Eu: Bom, durante todo o filme ele fica a maior parte do tempo distraído tentando inventar mil e uma aplicações pra descoberta que ele fez. E sempre acaba se esquecendo dos encontros que marcou com a namorada. Daí chega num ponto que ela enche, e acho que termina com ele (não me lembro muito bem dessa parte pois já faz tempo que não assisto). Só sei que no final, depois de ele quase perdê-la, ele vira pra ela e diz que o motivo de ele ser tão distraído, a ponto de se esquecer de tantos compromissos que havia marcado com ela, é que ele a amava tanto que isto o fazia sempre se esquecer das coisas, de tanto que ele pensava nela enquanto inventava. Ela era uma espécie de musa inspiradora pra ele. Quem o ajudava a ter tantas idéias. Algo assim.
Mim: Não acha uma explicação meio forçada?
Eu: Pode parecer pra maioria das pessoas, mas eu sei bem como é isto.
Mim: Como?
Eu: Porque eu era assim quando namorávamos. Pensava tanto nas mil e uma coisas que eu gostaria de fazer com ela, que na hora que nos encontrávamos, eu acaba me esquecendo de coisas que a gente havia combinado de fazer, ou acabava me distraindo vendo outra coisa, enquanto ela ficava olhando pra mim esperando um pouco mais de atenção.
Mim: Então, você se acha como o personagem do Robin Williams em Flubber.
Eu: Sim, um pouco. Sabe, eu sou relapso demais. Tenho muitas idéias em questão de minutos. Uma vai puxando a outra, e às vezes eu perco o controle sobre isto. Vou seguindo o fluxo. É tudo um "TUNTZ! TUNTZ! TUNTZ! Mil idéias por minuto! Mil idéias por minuto!", e quando eu não sigo com elas, me sinto meio frustrado.
Mim: E ao mesmo tempo você se sentia frustrado por fazer com que ela se sentisse ignorada.
Eu: Mas eu não a ignorava! Eu só tentava seguir uma idéia minha até onde ela me levava, mas eu nunca deixava de pensar na Tati. Ela sempre fazia parte das minhas preocupações. Me preocupava muito não ter muito o que dizer pra ela em algumas ocasiões, simplesmente porque eu estava seguindo uma idéia minha.
Mim: E por que não falava da idéia pra ela?
Eu: Às vezes eu falava. E às vezes ela gostava, e a gente curtia muito falar sobre isto. Mas às vezes ela não tava muito disposta a falar sobre isto.
Mim: As pessoas são assim mesmo.
Eu: Sim, são.
Mim: E o Homem Bicentenário? Por que pensou nele?
Eu: Sabe, só ontem eu me dei conta de que é um dos melhores filmes já feitos pra nerds como eu.
Mim: Por que diz isto?
Eu: Porque é uma ficção científica de primeira que mesmo assim dá pra assistir com a namorada e, melhor ainda, se emocionar com a história. E o Homem Bicentenário tem uma história poderosa!
Mim: Por qual motivo?
Eu: Pôxa! O cara era um robô, uma inteligência artificial que vai com o tempo aprendendo a se comportar cada vez mais como um humano, até o ponto de se apaixonar por uma garota. Uma máquina que aprende a amar, cara! Tem noção do significado disto? E no final ele, que podia muito bem viver pra sempre, se continuasse com seu corpo robótico movido a um reator positrônico, algo como uma fonte de energia infindável dentro da história, simplesmente desiste disto, pede pro seu criador fazer todas as adaptações possíveis para que ele se transformasse num humano completo. Ele desiste da imortalidade pra ficar com a mulher que ele ama até o fim! E eles morrem juntos! Cara, aquele final é de fazer qualquer um chorar! Os dois lá, velhinhos, deitados na cama, dando o último suspiro juntos! Não tem final mais grandioso que este pra um filme! É uma das melhores histórias já criadas!
Mim: É, deu pra notar que você gosta muito dele.
Eu: Sim, demais! Mas só me dei conta disto agora. É como morrer.
Mim: Morrer?
Eu: Sim. Dizem que antes da morte a gente vê um filme sobre a nossa vida. Eu não acredito muito nesse lance de "filme". Acho que quando estamos prestes a morrer a gente revive tudo, como se estivesse acontecendo naquele momento. Deve ser uma tremenda carga emocional a que sentimos nessa hora. Tipo, uma versão de nossa própria vida sendo revivida na velocidade da luz. Algo assim.
Mim: E o que isto tem a ver com você ter se dado conta de que gostava tanto do Homem Bicentenário?
Eu: Tem que a gente só toma ciência da importância de alguns elementos de nossa vida dentro de um contexto mais amplo. Acho que quando estamos perto de morrer a gente enxerga muita coisa do passado de uma forma bem diferente daquela que enxergamos enquanto vivíamos aquele fato pela primeira vez.
Mim: Tudo parte de um contexto maior.
Eu: Sim. E algumas coisas fazem mais sentido quando as revisitamos, quando olhamos pra elas mais uma vez depois de termos passado por certas experiências.
Mim: Pode citar um exemplo?
Eu: Sim. Eu e a Tati. Ela terminou comigo ano passado, no Natal. Foi a pior coisa que já aconteceu comigo até aqui. A pior, sem a menor dúvida. Foi como morrer, e ao mesmo tempo como perder alguém que amamos muito. Bom, na verdade, em parte, foi isto mesmo que aconteceu. Foi como se ela tivesse morrido. E ter que conviver com a idéia de que não existe mais a possibilidade de voltar a vê-la de perto, tocá-la, beijá-la, fazer um monte de coisas que gostávamos de fazer juntos, e que eu sei que nunca será da mesma forma com o outra pessoa. Enfim, ter que aceitar o fato de que eu perdi tudo isto, foi como se me arrancasse um pedaço muito importante da minha alma. De certa forma foi isto que aconteceu mesmo. A gente se doa muito quando estamos amando alguém. Acredito que deixamos com cada pessoa a quem transmitimos nosso amor uma parte de nós, não importa de que forma seja. E no final, quando terminamos esta vida, a gente olha pra trás e se dá conta de que saiu por aí distribuindo muitos pedaços de nós mesmos pra muita gente. E algumas deram o valor devido à parte que recebeu, e algumas não. É assim que funciona.
Mim: E o que você enxerga de forma diferente agora que pode revisitar o que já passou?
Eu: Que a gente deixou muitas coisas, e muitas pessoas, que não deviam nos afetar ter justamente esse efeito sobre nós. Que a gente permitiu que muitas das nossas limitações fossem motivos pra voltar nossa revolta contra elas um contra o outro. Se bem que isto eu já enxergava mesmo na época em que ainda namorávamos. Nos últimos meses.
Mim: E o que mais?
Eu: Ela voltou pro antigo namorado dela. Ela ainda o ama. Eles estão tentando fazer com que dê certo agora. Mas, por mais que ela tente me convencer disto, ela não me parece feliz. Ela ainda sente muita falta do que nós dois éramos capazes de fazer juntos. Coisas que ela não consegue fazer com o namorado atual. Coisas que ela nem sequer tem esperança de que um dia possa fazer com ele.
Mim: Como o que, por exemplo?
Eu: Fazer com que sua imaginação flua com a mesma facilidade com a qual fluía quando estávamos juntos. A ponto de escrever contos inteiros só de olhar pra uma imagem que eu passava pra ela. A ponto de manter um ritmo diário. A ponto de fazer mil planos pra sonhos que gostaria de realizar. A ponto de inventarmos histórias um pro outro na hora, e contá-las com tanto encanto e paixão, que nos fazia sentir verdadeiros deuses narrando os destinos de um mundo inteiro, deuses bons que só queriam ver um mundo cheio de magia e amor.
Mim: E o que você acha disto tudo?
Eu: Acho que algumas pessoas precisam voltar a sentir o gosto de algumas lembranças a ponto de revivê-las de maneira concreta, palpável, pra ter certeza do que/quem realmente quer. Acho que é isto que acontece agora.
Mim: Ela está com ele só pra ter certeza de que quer ficar com ele mesmo?
Eu: Não é tão simples assim. Dizendo isto você está falando apenas de uma parte da verdade.
Mim: E qual seria a outra?
Eu: Ela ainda o ama, ainda se preocupa com ele. Sei disto porque mesmo enquanto estávamos juntos ela falava muito dele, ela sonhava muito com ele. Ela ama demais as pessoas a ponto de continuar amando uma mesmo estando com outra. A ponto de conseguir amar tão intensamente alguém sem se esquecer que ainda ama um outro alguém. Ela é assim. E eu a admiro por isto, apesar de tudo. Ela é mais uma daquelas pessoas tão lindas e tão especiais, com tanto amor pra distribuir guardado dentro de si, que às vezes não sabe bem como direcioná-lo, como fazer isto sem magoar as pessoas, sem cometer erros que acabem prejudicando todos.
Mim: Você acha que ela cometeu um erro?
Eu: No início eu pensava que sim. Mas agora eu vejo tudo como algo que precisava acontecer. Ela precisava passar pelo que está passando agora. Ela precisa viver isto. Precisava enxergar sua relação com ele dentro de um contexto mais amplo. E o tempo que passamos juntos ano passado ajudou a criar esse quadro maior. Ajudou a criar um termo de comparação.
Mim: E o que você espera disto tudo?
Eu: Só que ela tome a decisão certa quando sentir que deve tomar alguma com relação ao que está vivendo agora. E que ela descubra o que/quem realmente quer pra sua vida.
Mim: E se este "quem" não for você?
Eu: Talvez eu siga em frente, e me esqueça dela de uma vez por todas.
Mim: E qual é a outra possibilidade?
Eu: Ser consumido pelo vazio interior que sinto agora.
Mim: Fale-me sobre isto.
Eu: Esta coisa sempre esteve presente na minha vida, mesmo quando eu estava com ela.
Mim: E que coisa seria esta?
Eu: Já a chamei de meu "monstro interior". Aquela parte sombria que a maioria de nós temos. Talvez algum resto de maldade que ainda sobrou de minhas vidas anteriores, quando eu ainda não era uma pessoa uma pouco menos cheia de má. Aquele lado meu contra o qual ainda luto pelo domínio de meus atos.
Mim: Por que tem medo de ser consumido por ele?
Eu: Porque não consegui domá-lo nem mesmo em alguns dos melhores momentos que tive com ela.
Mim: Por exemplo?
Eu: Tomávamos banho juntos uma vez, depois de fazermos amor. Eu olhei pra ela, e ela... teve medo de mim. Disse que teve uma sensação ruim. Que eu olhei pra ela com um olhar vazio. Algo que transmitia desprezo. Era como se fosse outra pessoa. Como se, por alguns segundos, eu houvesse me transformado diante dela. E não passou de um olhar. Eu não fiz nada com ela, não disse nada. Só estava olhando pra ela, e meu jeito de olhar mudou. E isto bastou pra ela sentir calafrios. Se afastar alguns passos de mim dentro daqueles box apertado. Ficar me olhando como se estivesse diante de um estranho que se materializou do nada naquele espaço limitado, e começasse a acoá-la. Eu não fiz nada, só estava olhando pra ela...
Mim: E como você se sentiu?
Eu: Como eu me sinto quando perco o controle sobre mim por alguns instantes. É algo parecido com se ver sentado na poltrona do carona dentro de seu próprio carro, vendo um estranho conduzi-lo sem a menor chance de impedir que ele faça o que quiser.
Mim: Então você não perde a consciência nestes momentos?
Eu: Não. Eu enxergo e ouço tudo.
Mim: Nunca perdeu?
Eu: Nunca.
Mim: Você acha que foi só por isto que ela teve tanto medo de você naquele dia?
Eu: Acho que ela teve medo de ser consumida por aquele vazio que enxergou dentro dos meus olhos. Nada mais natural. Estávamos com planos de nos casar. De passar o resto da vida juntos. Quando uma pessoa convive muito tempo com outra acaba tendo contato tanto com o melhor como com o pior da outra. E quando a gente olha muito tempo pra uma coisa, se a gente não se cuidar, acaba sendo hipnotizado por ela. Quando olhamos muito tempo pro vazio, a gente se sente tão vazio quanto ele. E se tem uma coisa que nenhum ser humano gosta de sentir-se é vazio.
Mim: Por que esta sua fixação por vazio?
Eu: Acho que tenho mais fixação pelo extremo do vazio. Os buracos negros. Meus olhos, naquele dia, pra ela, devem ter se tornado muito parecidos com dois buracos negros.
Mim: Por que buracos negros?
Eu: Porque eles consomem tudo que os cerca graças à sua gravidade infinita, inclusive a luz. E deve ser aterrizante pra uma pessoa sentir a luz que carrega em si, aquela luz de criatividade, de encanto, de amor pelo ser amado, sendo sugada por dois olhos tão diferentes dos olhos que geralmente encontra naquela pessoa diante dela.
Mim: E como você lidou com a reação dela naquele dia?
Eu: Eu pedi desculpas. Na verdade implorei por elas. Disse que não era minha intenção. Que eu não pude evitar aquilo. Que a coisa simplesmente aconteceu sem o meu controle. Que era algo que existia em mim que vez ou outra aparecia sem aviso. Eu a abracei, e choramos muito juntos debaixo daquele chuveiro que chovia água quente em nossos corpos, que de repente se pareceram mais nus do que de fato estavam.
Mim: E o que mais tem a dizer sobre este vazio?
Eu: Ele se manifesta de outras formas.
Mim: Poderia dar outro exemplo?
Eu: Sim... Eu não me sinto mais tão vivo como me sentia perto dela. Se for comparar a minha vida de agora com a que eu tinha quando tava com ela, dá pra dizer que mesmo nos dias em que conversávamos pela internet tendo que nos contentar apenas com a imagem e o som da voz um do outro, eu me sentia mais vivo do que os dias mais vívidos que tenho hoje. E, por não me sentir mais tão vivo, muitas vezes me desespero. Posso passar vários dias seguidos sem me importar tanto com isto. Simplesmente levando a minha vida do jeito que dá. Indo trabalhar, assistindo algum filme ou série, ou lendo algum livro ou uma história em quadrinhos quando chego em casa. Às vezes escrevendo, outras, mais raras, desenhando. Mas, depois de uns dias assim, chega mais um daqueles dias em que tudo isto não basta. Aquele tipo de dia que nada me satisfaz. O tipo que se torna tão desesperador a ponto de sentir que eu devo apelar pra algo mais forte do que tudo aquilo, a coisa mais forte que eu posso fazer comigo mesmo sem ter ninguém por perto. Sem ter ela... A coisa que me faz sentir ainda vivo, mesmo que por pouco tempo.
(...)
Mim: E que coisa seria esta?
Eu: Masturbação...
(...)
Eu me tranco no banheiro, tiro todas as roupas, e... Bom, eu não vou descrever algo que todo mundo sabe muito bem como funciona.
Mim: E isto te incomoda.
Eu: Sim...
Mim: Por quê?
Eu: Porque eu me sinto sujo ao fazer isto.
Mim: Explique isto.
Eu: Sinto que eu não mereço aquilo. Sinto que aquela é a maior fraqueza que eu poderia manifestar. Que eu não devia apelar pra algo tão depreciativo.
Mim: Por que acha depreciativo?
Eu: É uma medida desesperada. Uma coisa que alguém faz só quando não tem ninguém que proporcione aquilo.
Mim: E isto te faz sentir-se culpado.
Eu: Sinto culpa por não ter sido forte o bastante.
Mim: Já pensou que isto pode ser mais natural do que um sinal de fraqueza? Os seres humanos têm necessidades que não podem ignorar por tanto tempo.
Eu: Sim, eu já pensei. Mas não gosto de sentir que estou retrocedendo. Eu não me sinto bem simulando um amor que eu não possuo.
Mim: Então você não sente amor próprio.
Eu: Acho que não...
Mim: Você precisa sentir-se amado pra conseguir se amar.
Eu: Sim, acho que é isto.
Mim: E porque acha que precisa de alguém pra se amar.
Eu: Porque eu não suporto a solidão! Não suporto a idéia de ter que conviver comigo mesmo por tempo indeterminado!
Mim: Mesmo que muitas vezes isto só aconteça porque você se isola das outras pessoas?
Eu: Eu preciso fazer isto. Não sou capaz de expressar o que eu tenho de bom pra qualquer pessoa.
Mim: Então você acha que somente algumas pessoas merecem ter contato com o que você tem de bom pra oferecer.
Eu: Somente as pessoas que eu sinto que gostam de mim do jeito que eu realmente sou.
Mim: E como você pode ter tanta certeza disto se você se isola de muitas delas?
Eu: Porque a maioria das pessoas deixam muito claro se querem ou não se envolver com a gente. Eu sinto isto nas pessoas. Minha percepção é tão forte quanto a minha imaginação.
Mim: Sua imaginação. Você ainda não falou sobre ela.
Eu: Ela é outra das armadilhas que eu carrego dentro da minha mente.
Mim: Por que diz isto?
Eu: Porque eu sou capaz de imaginar muitas coisas. Ligar muitas idéias umas com as outras de uma forma que, com o passar dos anos, se tornou praticamente instintiva. Encontrar ligações entre idéias inicialmente desconexas. Encontrar meios de casá-las, por mais contraditórias que sejam. Às vezes funciona muito bem, e às vezes não. Mas eu estou sempre fazendo isto, o tempo todo, nos momentos mais inimagináveis.
Mim: O que ainda não explica porque a considera uma armadilha.
Eu: Porque ela muitas vezes atenta contra mim. Cria na minha cabeça coisas que não existem, fatos que não ocorreram, possibilidades que estão longe de serem plausíveis. E eu tenho dificuldade de filtrar tanta informação. Tenho dificuldade de me focar. Sou capaz de imaginar coisas realmente perturbadoras, horripilantes, infernais. Coisas que renderiam noites péssimas de sono pra muitas pessoas, ou mesmo insônias. Coisas que deixariam alguém traumatizado por uma vida inteira, se olhassem bem de perto o que eu guardo aqui dentro. Minha imaginação é o próprio inferno. O meu inferno. E ao mesmo tempo é o mais próximo que eu consigo chegar do paraíso.
Mim: Vamos usar essa metáfora pra um exercício imaginativo. Como você enxerga sua vida agora, depois de passados quase sete meses desde que ela terminou com você? Como um céu, ou como um inferno?
Eu: Apesar de todo o meu empenho, especialmente no último mês, pra transformar boa parte do que eu sofri e vivi até aqui algum tipo de arte, enfim, maneiras de sublimar o pior que eu vivi, e o melhor também, ainda considero minha vida atual um inferno.
Mas eu gosto de um pensamento, não sei de qual autoria, que diz algo como "é preciso que alguém passe pelo seu próprio calvário, e pelas regiões mais profundas, sufocantes, e dolorosas do inferno, pra fazer por merecer sua entrada no paraíso". Acho que é assim que enxergo minha vida agora. Eu preciso viver isto, esse inferno todo, assim como ela precisa passar por todos aqueles problemas que vem enfrentando com ele, pra garantirmos nosso paraíso lá adiante.
Mim: E quando você acha que isto vai terminar?
Eu: Sinceramente não sei, mas quero acelerar o máximo que puder a minha estadia nesse antro de sofrimento e dor. Eu quero encarar meu próprio inferno de frente, meu próprio "monstro interior" e todas as coisas que vierem junto com ele. Sejam elas um vazio devorador de luzes, ou lembranças, boas e ruins, tão cortantes como giletes afiados chovendo na superfície e nas profundezas da minha alma. Enfim, não me importo com o que eu vou encontrar lá dentro daquele quarto escuro, eu quero entrar logo nele, e sair de lá tendo visto e revivido tudo que eu preciso ver e reviver pra encontrar a força que eu preciso reunir pra conviver comigo mesmo, e aprender finalmente a me amar independente de qualquer pessoa. Eu quero renascer.
Mim: E como pretende fazer isto?
Eu: Simples. Eu vou pedir pra minha psicóloga me ajudar no processo. Me ensinar o caminho certo até aquela porta. Até o quarto escuro, a Caixa de Pandora que eu guardo no recanto mais abissal e atemorizante que guardo dentro de mim. E eu quero começar logo. Se não for hoje, que seja na próxima semana, em nossa próxima sessão.
Mim: É isto que você vai dizer pra ela quando se encontrarem amanhã?
Eu: Você ainda não entendeu? Isto aqui não está acontecendo num "ontem", está acontecendo agora. Eu estou conversando contigo ao mesmo tempo em que estou lendo nossa conversa pra ela. E sabe o que vai acontecer agora?
Mim: Acho melhor você responder logo.
Eu: Vou me virar pra ela e dizer: "Márcia, eu quero renascer, e não posso mais adiar isto!"

DEFINITIVAMENTE NÃO É O FIM...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

[NEWS] Mais 2 novos autores

Só não digo ainda que este blog já tá bombando porque continuamos carentes de leitores mais participativos (opinar, criticar, discordar, ou xingar o autor não tira pedaço de ninguém, meus caros), portanto, ainda contamos com vocês pra saber se estamos acertando ou não.

O Queza acaba de fazer sua estréia logo abaixo, e posso garantir que ainda não viram nada do que esse indivíduo é capaz (ainda guardo boas recordações de um texto de sua autoria sobre um certo vazamento no banheiro que foi uma das coisas mais hilárias que eu já li por essas bandas).

Mas, enquanto nossos leitores não se manifestam, continuaremos investindo em novidades por aqui. A boa da vez é a entrada de mais dois colaboradores, amigos meus daqui de Guaxupé, que tão breve quanto possível tomarão de assalto o Existindo na Inexistência.

Portanto, Lucas e Glauber, passo a peteca pra vocês! (sim, isto foi uma tentativa tosca de criar um link com o post do Queza aí de baixo...)

Garanto que não perdem por esperar o que ainda planejo pra isto aqui (imaginem-me aqui com um sorriso enigmático, por favor).

Então, que comece (mais) uma nova fase deste blog que tantas mutações sofreu ao longo de seus mais de 6 anos de existência!

[Q?] Isso aqui ta ligado?

Bem, meu nome é João, tenho 24 anos e não blogo tem uns 3 meses... fato! Mas como em todo vicio, bateu essa recaida. E como em toda recaida, temos amigos de procedencias duvidosas para fornecer mais da droga.


Enfim, convite feito pelo Wolv, e ca estou. Agora algumas informações sobre a minha vinda para ca:

1- Não, não irei fazer reviews...

2- Não, não irei fazer contos...

3- Não, não irei colocar fotos minhas em posições indecentes, portanto não insistam!


... a não ser que paguem bem! ;D


Outra coisa, alguem consegue explicar COMO alguem pode vender petecas numa das divisorias de pista da Avenida Brasil e achar que isso é uma boa ideia?




Sério, será que existe um mercado pra isso? Vender petecas é o novo "vender balas" na rua? Não percam os proximos capitulos...