domingo, 26 de julho de 2009

[CRÍTICA] Transformers: A Vingança dos Derrotados (ou seria A Orgia de Michael Bay?)

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Ontem eu assisti Transformers 2 e, ao contrário da definição usada na crítica do pessoal do Omelete pra descrever a sensação que o filme deixa em quem o assisti, eu não me senti estuprado por um dos muitos robôs que desfilam pelo filme, mas sim diante de uma masturbação michaelbayana, seguida de um estupro grupal num monte de ferro velho!

Sério, aquele filme é realmente uma sublimação freudiana muito mal-disfarçada das fantasias pervertidas de um diretor que já nos brindou em seus filmes anteriores com muito machismo, muitos closes pornográficos de praticamente tudo que compõe a maquinaria militar estadunidense, e, claro, sua mais conhecida marca registrada, as explosões cataclísmicas, e as cenas de ação a cada trabalho seu mais incompreensíveis.

A fixação de Michael Bay por máquinas chega ao ápice quando somos obrigados a engolir um pobre coitado encarando de baixo os testículos de aço de um decepticon enquanto este escala e destrói uma pirâmide. Portanto, meus amigos, não deixe o Sr. Bay trancado sozinho no angar onde você guarda seu caça F-22, pois você pode ter uma surpresa um tanto desgradável quando voltar.



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Por favor, não me deixe sozinho com esse cara! Ele tá me olhando de um jeito estranho!!


São quase duas horas e meia de muita pornografia robótica, Megan Fox trepando com uma moto, Shia LeBouf desempenhando o melhor papel do filme (o que não é nenhum grande feito, se formos considerar os outros colegas de elenco do rapaz) como um histérico que fica o filme inteiro fugindo pelo mundo afora com a gostosa de lábios genitalmente sedutores, e muita, MUITA MESMO, porradaria entre robôs gigantes, da qual, se você compreender uns, digamos, 10% do que está acontecendo ali, já será, este sim, um feito a ser comemorado.

Fora o Michael Bay, o grande problema de Transformers 2, também presente no primeiro filme, é o design exageradamente rebuscado dos robôs. Simplesmente NÃO DÁ pra entender, na maioria das cenas em que eles entram em ação, onde está um braço, um rosto, um par de testículos de aço, enfim. O que acaba com a parte do filme que poderia, quem sabe, se salvar das limitações de Michael Bay como diretor. Justamente as cenas pelas quais a maioria dos espectadores está pagando pra ver são as que menos entendemos WHATAHELL está rolando ali.



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Só apareci pra morrer e ressurgir no finalzinho... (mais Aslan que isto só se me botarem uma juba)


Portanto, guardem bem este rosto acima, pois será a única vez que o verá com tamanha nitidez. No filme temos que nos contentar com borrões metálicos multicoloridos movendo-se freneticamente numa espécie de sexo animal entre o Taz e o Papaléguas no meio de, claro, um punhado de explosões, e militares impotentes empunhando metralhadoras ejaculantes contra um bando de computação gráfica de primeira, mas da qual infelizmente não podemos compreender quase nada do que nos mostra (o que, se pensarmos bem, faz com que ela seja da pior espécie, no final das contas).

Enfim, deu dor de cabeça este filme, e só não digo que foi "déireal" jogado fora, porque pelo menos rendeu este post aqui. É libertador "carcá o nabo" em obras como esta, algo que meu amigo Cilon faria melhor do que eu (sim, isto é um incentivo pra voltar às velhas críticas, caso esteja lendo este post). Foi minha última tentativa com Michael Bay. Masturbação, assim como os trabalhos do diretor, perdeu a graça pra mim. Tá, eu confesso, ainda gosto de Armageddon e A Rocha, apesar de tudo.

Aproveito o post pra pedir desculpas ao Lucas e à Eliane. Não deu pra esperá-los sair do cinema pra gente trocar umas impressões sobre o filme. Tava chapado de cansaço e de muita dor de cabeça depois daquela lataria vibratória toda. Agradeço a Deus por não ter epilepsia...

2 comentários:

  1. Eu fiquei em sérias duvidas se o filme foi dirigido por uma criança de 8 anos ou um adolescente de 15 anos virgem.

    Pq o filme se divide em dois tipos de cena: fanservice e cenas que o Miguel Baia pega os bonequinhos dele com a mão e sai voando e fazendo pshiiiiiiiuu boom! com a boca.

    Se no primeiro filme essas cenas de ação frenéticas e incompreensiveis ocupavam apenas os ultimos 15 minutos do filme, agora o filme é todo sobre isso.

    Valeu mesmo pelo ex-agente do Setor 7, aquele cara é um ótimo humorista (assisti O Grande Lebowski e ele esta ótimo tambem)

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  2. Eu achei o maximo o fato do governo americano usar os Autobots em "missoes secretas" JUNTO com militares humanos pra caçar decepticons... tipo, os robos davam porrada, tiros e prendiam os inimigos... os soldados faziam o que? Corriam e contavam tudo pra mãe deles?

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