Assisti ontem à tarde ao filme "Ponto de Mutação", dirigido por Bernt Capra, baseado no livro homônimo deFritjof Capra, que por sinal descobri hoje que é irmão do diretor.
Não pretendo fazer uma crítica do filme por meio deste post, já que existem várias outras bem melhores do que a que eu seria capaz de fazer aqui (esta, por exemplo). Só queria deixar registrado que, se esse filme fosse exibido a alunos do 2ª grau, tanto em escolas públicas quanto em particulares, quem sabe, daqui a algumas décadas (sendo um pouco otimista, é claro), as coisas por aqui não melhorassem um pouquinho.
Transcrevo abaixo o convite que Ana Lira, autora da crítica que indiquei, faz a quem ainda não teve a chance de assistir este "exercício à nossa percepção":
"Se você chegou até aqui, dê um passo à frente e procure ver o filme. Ele não tem romance, não tem aventura, não tem mocinho, nem bandido, não tem clichês e nem te deixa confortável com uma explicação redondinha no final, mas é excelente. É apenas uma questão de perspectiva, de pensar que um filme desprovido de uma receita fácil pode ser, em contrapartida, enriquecedor. Conheço algumas pessoas que desistiram de vê-lo por causa do excesso de teorias explanadas durante os 110 minutos. Mas até nissoPonto de Mutação é surpreendente, por testar a nossa força de vontade de querer ver algo diferente ou continuar sempre com os mesmos modelos. Certamente a visão cartesiana que existe em nós brigará com a visão holística proposta pelo diretor, mas vale a pena vencer essa barreira e chegar até o fim. Na defesa por uma visão de mundo diferente, o personagem de Sam Waterston diz algo que pode ser pretensioso, mas que serve de impulso: ' De vez em quando alguém tem que fazer a coisa certa.' A beleza do filme e o aprendizado são as recompensas."
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