domingo, 21 de junho de 2009

[REVIEWS] Invasão Secreta, Trama Internacional e 24 horas

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Neste final de semana eu dei um tempo pra maratona de leitura que venho fazendo da série de livros A Torre Negra, o projeto de estimação de Stephen King, que a cada volume se torna mais viciante (qualquer hora eu falo um pouco dela por aqui). Fiz isto pra me atualizar dos últimos lances da saga Invasão Secreta, da Marvel Comics, que vem sendo publicada aqui no Brasil desde abril.

A premissa, pra quem ainda não conhece, é a paranóia causada na comunidade super-heroística quando uma invasão alienígena em escala global é realizada pela raça transmorfa conhecida como Skrulls, o que gera um problemão pra praticamente todas as equipes de superpoderosos do mundo, pois elas podem ter algum alien infiltrado se fazendo passar por um companheiro de combate.

Invasão Secreta funciona em pelo menos três níveis. Temos a mini-série em 8 edições que é o carro-chefe da história, a partir da qual se ramificam episódios mais centrados em cada subtrama que é apresentada nela de forma vaga e sintética. Destas ramificações surgem outras, mais centradas em personagens específicos, e episódios mais tangenciais, ocorrendo em paralelo, mas sem relação significativa com a saga maior.

Eu optei por acompanhar apenas a mini-série principal, e a participação dos dois títulos dos Vingadores, publicados, respectivamente, em Novos Vingadores, e Avante Vingadores.

A mini-série é basicamente a história sendo contada em formato blockbuster. Pra quem tá afim de ver só um monte de heróis paranóicos lutando uns contra os outros sem saber em quem confiar no que diz respeito à sua verdadeira identidade, ela não decepciona. Tem muita porradaria, explosões, seqüências de ação, mas até o momento não esclareceu muito a respeito das origens da conspiração skrull, que é o que mais têm mantido o meu interesse na história.

Particularmente tenho gostado mais dos episódios que exploram mais a fundo o que é mostrado apenas de relance na mini, em particular os vistos em Novos Vingadores e Poderosos Vingadores, ambas escritas porBrian Michael Bendis, que, como de costume, capricha nos diálogos, e apresenta explicações convincentes sobre a forma como a conspiração skrull se construiu até chegar ao ponto em que consegue derrubar tantas defesas ao redor da Terra num sincronismo jamais visto.

É a velha história da invasão alienígena, já muito desgastada nos quadrinhos, sendo levada às últimas conseqüências.

Dentro das histórias "menores" ligadas tangencialmente ao evento, o destaque fica pra trama paralela que vem sendo publicada no título Universo Marvel protagonizada por Hércules e seu parceiro-mirim Amadeus Cho, onde deuses de diversas culturas e religiões se reúnem numa conferência para montar uma equipe de divindades a fim de combater o panteão skrull, que também tem uma parcela de participação na saga. Por serem histórias que optam por encarar a saga de uma forma mais leve e bem humorada, contrastando com o clima tenso e paranóico que ronda os outros títulos que a compõem, já merece uma lida.




E no cinema...


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Assisti Trama Internacional hoje, o novo filme do diretor Tom Tykwer, o mesmo que em 1998 foi o responsável pelo hit Corra Lola, Corra. Desta vez ele trabalha com Clive Owen e Naomi Watts no elenco, numa história de ação e suspense que explora um tema que já não é mais novidade dentro do gênero: indivíduos idealistas combatendo a corrupção das grandes corporações em sua fome insaciável por lucrar cada vez mais com a promoção de guerras em países do terceiro mundo.

O filme inteiro é tenso, traz interpretações que se equilibram, sem que nenhum ator chegue a se sobressair. Enfim, tudo muito eficiente e na medida certa.

O maior destaque, e principal fator que faz valer o ingresso, fica pro tiroteio dentro de um museu cujas galerias são dispostas em espiral ascendente. É o grande momento do diretor e do responsável pela edição e montagem do longa.

O final não poderia ser mais angustiante. Bem "mundo real" mesmo, embora, ironicamente, ao assisti-lo, eu tenha me lembrado do lema da Hidra (uma equipe de supervilões terroristas da Marvel, que por sua vez tem seu conceito baseado na criatura mitológica): "Corte uma cabeça, e outras duas crescerão em seu lugar."

Ah sim, e o vilão principal do filme, interpretado por Ulrich Thomsen, é uma mistura de Quentin Tarantino e Sting:

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Recomendo.


Enquanto isto, em 24 horas...


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Estou quase no final da 7ª temporada, que vem se mostrando uma das melhores desde a 3ª. Eu realmente não faço idéia de como o Jack Bauer vai se safar da situação em que se encontra e sobreviver pra voltar na já confirmada 8ª temporada da série.

Os roteiristas foram bem ousados até o ponto em que assisti. Sobrou ataque terrorista até pra Casa Branca desta vez. E até o momento gostei de ser pego de surpresa diversas vezes achando que estava perto de saber a origem da ameaça da vez, quando na verdade estava bem longe disto.

Vem sendo também uma das temporadas que mais vezes deu a entender que a crise estava definitivamente resolvida só pra, minutos depois, jogar os personagens de encontro a outra, e felizmente sem ter forçado a barra, como já ocorreu em algumas das últimas temporadas, especialmente na 5ª. Meus parabéns aos roteiristas.

Se conseguirem manter o nível apresentado até aqui, talvez ainda reste esperança de pintar uma 8ª temporada que feche com chave de ouro a saga de Jack Bauer, um dos heróis mais trágicos a pintar numa série de TV. E Kiefer Sutherland continua mostrando o trabalho de interpretação competente que vem segurando a série nas costas desde seu início, há 7 anos atrás, sendo explosivo e durão quando é necessário, e comovente quando precisa fazer com que nos importemos com o destino de seu personagem. Que continue assim até sua despedida, que talvez ocorra no próximo ano. Vai deixar saudade.




Bom, vou ficando por aqui. No próximo post tem o 2º capítulo de As Árvores da Memória. Ah, ainda não leu o primeiro? Então clique aqui e confira.

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