Deus abençoe o Lucas! Bendita foi a hora que ele resolveu comprar o primeiro livro da série Artemis Fowl, e mais bendita ainda aquela segunda-feira do dia 26 de dezembro de 2005, quando ele me emprestou pra ler!
Antes de relatar os efeitos que o livro teve sobre mim, não custa nada dizer que é um bom livro. Eoin Colfer é muito criativo, e conseguiu criar uma cativante galeria de personagens, conceitos, e um mundo cheio de potencial, recheado de uma "magia-tecnológica" que atualiza de forma inédita vários mitos milenares da história humana.
A maneira burocrática com que o mundo das fadas lida com os problemas gerados pelo "menino prodígio do crime" é de uma ironia muitas vezes prazerosa de se ler.
Embora tenha achado o protagonista mal-aproveitado, e algumas vezes exageradamente adulto (ao contrário de maduro, que já é outra coisa), e algumas tentativas de se fazer humor muito forçadas, a média final foi positiva, e certamente me convenceu de que vale a pena conferir o 2º livro do personagem, pois o final nos deixa com vontade de explorar um pouco mais aquele mundo tão cheio de lugares fascinantes.
Mas, a finalidade deste texto não é apenas fazer uma pequena análise de Artemis Fowl, mas também dizer como sua leitura desencadeou uma avalanche de idéias sobre mim. Isso mesmo! Artemis, entre outras coisas, foi responsável pela total reformulação ocorrida neste blog, pela volta das tirinhas de Bub e Bobo, e pela retomada de Clara, que agora tenho escrito praticamente sem parar, e por outras novidades que virão ainda neste primeiro semestre de 2006.
E, não, antes que alguém chegue a esta dedução absurda, eu não estou dizendo que me baseei em Artemis Fowl pra fazer tudo isto, mesmo porque eu detesto quando acontece de alguma de minhas idéias se mostrarem parecidas demais com as de outra pessoa, tanto que venho fazendo o possível pra afastar a "crença" de que Bub e Bobo é uma espécie de "Malvados coloridos". E aqui gostaria de deixar bem claro que gosto muito das tiras deles, mas que elas só serviram pra apresentar uma tendência que eu gostaria de seguir ao produzir Bub e Bobo (tanto que raramente minhas tiras tem teor sociopolítico, como é o caso dos Malvados).
Artemis Fowl só reacendeu minha vontade de criar, e me ajudou a destruir a represa que impedia muitas idéias de invadirem minha mente.
De umas semanas pra cá tenho me portado quase como um médium fazendo uma psicografia, com a diferença de que tenho total consciência de que as idéias que escrevo partem de mim, e de que o Lucas fez um excelente negócio ao comprar Artemis Fowl, tanto pra ele quanto pra mim.
Como o escritor com crise criativa da estória "Calíope", escrita pelo mestre Neil Gaiman em Sandman nº 17, choveram idéias em minha horta, mas ao contrário dele felizmente elas não se tornaram uma tempestade incontrolável, a ponto de me enlouquecer, nem tive que seqüestrar uma musa grega, e tão pouco uma fada da LEPrecon. Deixo isto para Richard Madoc e Artemis Fowl.
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Comentários:
que bom que o livro lhe trouxe tanta inspiração. Só por isso, valeu cada centavo, muito mais do que pela estória que ele traz. :)) Lucas | 22-01-2006 20:10:10 _____________________________________________ |
O inferno provavelmente é muito melhor do que não ter boas idéias. Aélsio | Homepage | 22-01-2006 10:41:16 |
_____________________________________________ Andou lendo malvados ultimamente? Acredite, ser comparado com eles não é mais um elogio... Cilon | 20-01-2006 19:03:22 |
_____________________________________________ Eu quem?! Wolv | 19-01-2006 08:08:57 _____________________________________________ |
E viva Artemis! \O eu! oO | 19-01-2006 00:22:37 |
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