domingo, 15 de novembro de 2009

[REVIEW] Anticristo (COM SPOILERS!)

Gente, esse periodo ta foda... todo filme que eu vou ver da merda! Mas enfim, vamos para mais um review desse EMOCIONANTE e ATERRORIZANTE filme... NOT

Inicialmente, irei começar dizendo que bem que me falaram que o Lars Von Trier é chato... Sabe aquele diretor que vai pro set e diz "Sou foda e hoje quero fazer um algo artistico" e enche o filme daquelas cenas em camera lenta TOTALMENTE desnecessarias? Mas fica bonito? Confesso que em boa parte das vezes sim... mas tem horas que nao da... Ver Willem Dafoe metendo pesado na Charlotte Gainsbourg EM CAMERA LENTA não é muito legal... e quando eu digo metendo, digo MOSTRANDO TUDO! Sérião, imagine ver um filme porno com ele:


Pelado, do tipo, como veio ao mundo, metendo nela:



Enfim, vamos falar do enredo basico: A janela do apartamento abre do nada. Enquanto isso, casal fode horrores durante horas e esquece de prestar atenção no filho pequeno que se joga da janela do apartamento. Filho este que, antes de se jogar, socou loucamente o radinho de monitoramento de bebês, pulou do berço, abriu a portinha do quartinho, entrou no quarto dos pais, viu a cara do Willen Dafoe transando e pensou "Quero morrer!". Viu a janela aberta, empurrou uma cadeira na frente de um movel, subiu, segurou na mão de Deus e foi... e essa foi a abertura TODA em camera lenta com musica engraçadinha. Ai o resto do filme é sobre o luto do casal, sendo que o Norman Osborn Dafoe é um terapeuta que ja superou a morte do filho e quer ajudar a mulher a superar tambem. Ai depois de dar varias vezes com a cabeça na privada, ele pergunta do que ela tem medo... e depois de muito relutar diz: Da floresta! Ai ele leva ela pra floresta (chamada Eden e que possui uma cabana onde essa mesma mulher fez e abandonou um trabalho sobre feminicidio) e o filme começa...

... vale lembrar que nesses acontecimentos se foram uns bons 50 minutos -_- sendo que podemos tirar desses 50, 25 de cenas de sexo que acontecem do nada, tipo quando ela da com a cabeça na privada, ele leva ela pra cama e eles fodem... logico, não há nada mais afrodisiaco que ver sua esposa bater a testa contra o vaso sanitario repetidamente...

Continuando, o filme prossegue com passos lentos, onde aos poucos o marido vai tentando curar a esposa de medos como, err... pisar na grama, e finalmente ela aparece curada... por 5 segundos, pois depois disso, o marido ve uma raposa falante, fica desconcertado e ela acha que ele esta esquisito pois nao consegue ficar feliz com a melhora dela, e piora tudo denovo... ai começa um circo onde temos uma raposa, um veado (animal), um corvo, uma mulher louca que da uma porrada com uma madeira nos ovos do marido, para logo depois masturba-lo e mostrar uma ejaculação de sangue (tudo onscreen), ai pega um furador, fura a perna do marido e prende uma roda de polimento. Ai depois de uma mega perseguição pela floresta, onde ela não quer que o maridão a abandone, ela tem uma visão (que pode ser tanto uma lembrança quanto uma alucinação) de que, enquando a criança subia na cadeira, ela estava vendo tudo debaixo do marido... Enfim, ela resolve cortar o proprio clitoris com uma tesoura (sendo que o processo é todo mostrado em zoom) e o marido finalmente mata ela. Eeeeeee \o/ ... ai ele taca fogo em tudo, sobe uma montanha, e um monte de mulheres começam a subir, indo em direção a ele... oi/

Ai, se você não entendeu, imagine eu... ai resolvi ir direto a Deus (Google) e fazer uma pesquisa pra me esclarecer, pois no final das contas não tinha entendido nem o porque do filme se chamar Anticristo... bad sign!

Enfim, no meio de tantos intelectuais, descobri que se você não souber mitologia, psicologia, filosofia e sociologia a fundo, não vale a pena assistir ao filme. E nossa, como tem gente que saca disso tudo na internet :O

Compilando tudo, descobri que a mulher era má! Preferiu deixar o filho se jogar da janela a perder o orgasmo com o maridão. Ela calçava os sapatos invertidos no filho pq era má tambem. E que o Veado, Raposa e Corvo, representavam respectivamente Luto, Dor e Desespero, e que só o Duende Verde podia ve-los. Descobri tambem que o filme fala de Adão e Eva, Satanás (que era a mulher), Anticristo (que era o bebe que morreu), Jardim do Eden, e que, como Aline Durel bem disse: "Me deixem ser burro! Ser intelectual... dói!"

Eu não sei se sou exigente demais ou se me contento com pouco. Gosto de filmes reflexivos e que façam o telespectador pensar e que não de todas as respostas de cara... acho o maximo, juro mesmo! Mas filmes como este, onde voce nao consegue entender nem o porque da escolha do nome do filme, me fazem pensar se o diretor queria fazer um filme "cabeça" ou se simplesmente estava a fim de fazer um filme cheio de sadismo aleatorio... Sei lá, uma coisa é você ter um enredo levemente fragmentado, onde voce como espectador ter que juntar as peças. Outras são filmes com enredos COMPLETAMENTE jogados, onde você acaba tendo que fazer o papel do roteirista e diretor e fazer as coisas terem sentido dentro da sua cabeça. E logico, isso gera altas conversas sobre "o que o diretor quis dizer com a cena tal" em todos os foruns da internet... Mas acho isso tão invalido no caso do Lars Von Trier (alias, gosto desse nome, da vontade de escrever por extenso toda hora) porque, como ele mesmo diz, não há o que explicar! Nem ele sabe porque fez as cenas, ja que, em suas próprias palavras, que a mão de Deus que o fez criar o filme... não satisfeito, completou dizendo que ele é o melhor diretor do mundo e que talvez esse mesmo Deus não seja o melhor Deus...

err...

... menos Lars Von Trier, menos...

3 comentários:

  1. Sobre a relação dos PIMBA com esses diretores de "arte", me lembra a infálivel frase de Nelson Rodrigues:

    "Enquanto houver trouxa no mundo, malandro não morre de fome"

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  2. Ok, acabaram de me chamar de trouxa. Uhuuu! o/

    Nem achei o filme tão cabeça assim. Deu pra ir numa boa até o fim sem estas interpretações psicológicas e religiosas todas.

    E ainda considero a abertura uma das seqüências mais bonitas que já vi (apesar do Dafoe).

    Pra mim o filme é mais sobre carência afetiva, e como uma pessoa desequilibrada pode enlouquecer com isto do que sobre religião e sociologia.

    O Lars Von Trier é um diretor que gosta de provocar reações extremas em seu público. E como eu gosto de filmes assim, este foi bem vindo por aqui.

    Posso não ter pulado da cadeira em nenhum momento do filme, mas a atmosfera do filme é ótima. Um tanto sufocante e incômoda. Me fez lembrar aquele clima do primeiro Chamado (o americano), que eu acho ótimo porque ele deixava o sujeito na expectativa de que, a qualquer momento, podia acontecer algo inesperado.

    Enfim, eu gostei (até fiz uma crítica aqui no blog que ninguém deu bola).

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  3. tá... a moça cortando o clitóris com tesoura em cena de zoom...
    depois me perguntam por que não me dou ao trabalho de assistir esse tipo de filme...

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