sábado, 21 de novembro de 2009

[RESENHA] Flashforward s01e08 e 09

SPOILERS A DAR COM PAU

Episódio 8 - "Playing Card with Coyote"

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Depois de sacrificar-se no episódio anterior, o agente Al vira um tipo de mártir do mundo pós-apagão, provando, com sua morte, que ainda é possível mudar o futuro, independente da visão que cada um teve dele.

Logo no início de "Playing Card..." a mãe dos gêmeos, que seria morta pelo agente, recebe sua carta de despedida. Não demora até que ela vá à imprensa revelar o ocorrido, e daí pra frente a notícia se alastra, tornando muitos que temiam pelo que estava por vir mais esperançosos quanto ao futuro.

Mark e Olivia não pensam duas vezes antes de tirar uns dias de folga, se trancar num quarto de motel, e trepar até dizer chega. No meio do bem bom, Mark recebe a notícia de que surgiu uma pista sobre o homem da tatuagem de três estrelas que tentava matá-lo em seu flashforward. Claro que ele não deixa escapar a chance de pegar o sujeito desprevenido antes que ele o pegue dali a 5 meses. Chegou a hora de sujar um pouco mais as mãos pra garantir um futuro menos sombrio.

Ironicamente Mark presenteia Olivia com o jogo de calcinha e sutiã que ela usava em seu flashforward.

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Enquanto isto, Janis, mesmo sabendo das poucas chances que tem de engravidar depois da intervenção cirúrgica pela qual passou a fim de salvar sua vida, começa a pesquisar sobre inseminação artificial. Bateu o instinto materno na nossa lésbica favorita depois de quase morrer.

E o pobre do Aaron ficou dois anos lamentando e culpando-se pela morte de Tracy somente pra descobrir que ela continuava viva, perneta, e com a mentalidade e irritabilidade de uma adolescente.

A garota "ressuscita" contando que viu algo que não devia: descobriu que um grupo de militares privados contratados pelo governo, chamado Jericho, promoveu um massacre em uma vila no Afeganistão. Caiu na besteira de reportar o ocorrido aos seus superiores, e uma semana depois deram um jeito de apagá-la.

A explicação do porquê do DNA dos restos mortais recebidos por Aaron bater com o dela soou um tanto forçada: cataram a perna que a garota perdeu na explosão e mandaram de volta pros States. Mas, ainda assim, faz algum sentido, se considerarmos que a intenção de quem conspirou contra Tracy era que todo mundo pensasse que a moça estava morta.

Duro mesmo foi engolir que ela voltou pra casa do pai por considerar o lugar seguro. Porra, não é o primeiro lugar onde os caras irão procurá-la se descobrirem que ela tá viva?!! Não é a toa que a garota tá se tornando alcóolatra como o Aaron foi um dia. Deve ser difícil encarar o fato de ser tão burra.

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Mi mi mi! Perdi a perna, a maturidade e o que me restava de inteligência...

Enquanto todos andam às voltas de impedir ou não a realização de seus flashforwards, Simon novamente visita Lloyd, que continua se sentindo culpado pela morte de 20 milhões de pessoas, tanto que ameaça contar pra todo mundo que foram eles os responsáveis pelo apagão, no que Simon vira pra ele e diz: "Vamos decidir isto no poker!"

Daí entra outro momento "que dureza", quando somos forçados a aceitar que o Lloyd é mesmo páreo pra enfrentar a arrogância e prepotência de Simon. Os dois ficam trocando farpas durante toda a partida, cheios de insinuações e subtextos, e ignorando os outros jogadores que participam do jogo. Meio difícil algum deles não ter "pescado" sobre o que falavam, mas vá lá.

Mesmo assim, foi até razoável a forma como Lloyd conseguiu baixar a bola do Simon antes que ele se tornasse tão insuportavelmente "eu sou o máximo" a ponto de ninguém poder com o cara. Fez por merecer algum respeito depois desta, e ainda criou um gancho interessante, cujas repercussões estou curioso pra conferir.

O final do episódio é ótimo! Depois de Mark voltar pra casa todo felizinho e contar pra Olivia que deu cabo do sujeito que arruinaria seu futuro:

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Futuro sombrio NO MORE!! PTUAH! (isto foi um cuspe u.u')

Corta pra uma seqüência de cenas que apresenta, pasmem!, uma legião de sujeitos mal-encarados com, adivinhem só:

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A mesma tatuagem das três estrelas!

Só faltou mesmo um deles virar pra câmera e dizer "Hahaha, te pegamos, Mark!"

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E o que são estes 6 anéis?! Tá, eles têm alguma ligação com o Suspeito Zero, mas...
Anéis tão importantes que rendem um balaço num capanga pra encobrir sua existência?

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Seria o Mandarim a mente maligna por trás de tudo? Hmmm... Até que faz sentido. õ.õ

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Episódio 9 - "Believe"

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Depois de um episódio com um final sinistro, nada melhor do que o seguinte ter um clima mais leve, certo? Tá, muita gente vai discordar, mas no caso de "Believe" foi um grande acerto da equipe de produção de Flashforward, especialmente porque este episódio marca a entrada de uma personagem que já chegou prometendo ser uma das mais carismáticas e queridas da série, e prenunciando o surgimento do que pode ser o casal mais "cute" dela.

Provando que uma das grandes especialidades da equipe de roteiristas de Flashforward é criar ótimas aberturas de episódios, este já começa revelando o motivo por trás da depressão aguda enfrentada por Bryce no 1º episódio, a ponto de levá-lo a tentar suicidar-se: câncer renal em estágio 4 (quando outras partes do corpo já foram afetadas). Ou seja, já tava com um pé a cova mesmo.

Através de uma ótima montagem, vemos fatos vividos por Bryce e Keiko, a japonesa com quem estava em seu Flashforward, antes, durante e após o apagão, apresentados alternadamente. Chama a atenção o cuidado com que fizeram as cenas passadas no Japão. Soou bastante fiel à cultura japonesa, baseado no pouco conhecimento que tenho dela, o que não deixa de ser louvável, com o histórico de deslizes que os americanos já cometeram ao retratar outras culturas em filmes e séries (ainda me lembro do portunhol arranhado pelo garotinho que ajuda Sidney Bristow em sua rápida visita ao Brasil na 1ª temporada de Alias, e dos ônibus amarelos, surrados e precários andando por ruas que remetiam às do México; isto pra não mencionar os "brasileiros-lusitanos" do final da 2ª temporada de Lost).

Bacana também, e até certo ponto tocante, são as cenas em que Bryce começa a aprender japonês pra se sair bem quando se encontrar com Keiko pela primeira vez. E todo o drama vivido pelo personagem, que decide encarar o câncer sem contar pra ninguém, tornou-o mais "tridimensional", contrastando com a forma rasa com que vinha sendo tratado nos episódios anteriores, o que já representa um grande avanço.

Outro ótimo momento é aquele em que Bryce hesita em encarar um novo tratamento sugerido por Olivia, após ela descobrir a condição do colega, temendo que o mesmo ameace sua vida e a realização de seu flashforward. Estes conflitos que os personagens enfrentam desde o início da série despertaram meu interesse, e é sempre satisfatório constatar mais um acerto da parte dos roteiristas em abordar a complexidade da construção do futuro de uma pessoa, que depende de muitas variáveis, algumas delas com um papel não muito importante agora, mas que pode tornar-se bastante significativa mais adiante.

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Ai ai... E esse futuro que não chega nunca...

E Keiko realmente parece o tipo de garota por quem vale a pena viver. Gênio da robótica; dona de um carisma que realça ainda mais sua beleza, ainda maior que a vista nos desenhos feitos por Bryce; fã do Hendrix. Mas o ápice mesmo é quando ela fica inconformada ao ser forçada a fazer o papel de garçonete na empresa onde trabalha como engenheira (!), larga mão de tudo, solta o cabelo e decide abraçar seu sonho de ser roqueira! Preciso dizer mais pra te convencer de que não tem como não se apaixonar por alguém assim? Bryce, seu canceroso sortudo! XP

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Não agüento mais te desenhar...

Não é a toa que Bryce, que não vê a hora de encontrar-se com ela, segura na mão de Deus e vai pro Japão depois de descobrir a primeira pista importante sobre o paradeiro da garota. Daí começa uma série de encontros e desencontros, que deixa todo mundo morrendo de raiva hora da mãe da Keiko, que o impede de falar com ela, hora do próprio Bryce, que não se tocou que viajava de volta pra Los Angeles NO MESMO AVIÃO EM QUEM A MOÇA ESTAVA, RAIOS! Sim, este foi o momento "duro de engolir" do episódio. Mas, faz parte da graça.

Outro que tava cheio de graça neste episódio era o Mark. Numa clara tentativa dos roteiristas em tentar torná-lo mais "cool" aos olhos do público, o agente resolve novamente desafiar seu chefe, e ir pra Hong Kong com Demetri sem autorização, atrás de uma pista sobre a mulher misteriosa que informou seu parceiro sobre a data de seu assassinato no episódio 2.

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Eu bebo merrrmo!

Já Aaron se vê forçado a encarar sua maior fraqueza tento que conviver com sua filha alcóolatra, aumentando ainda mais seu complexo de culpa por sentir-se o maior responsável pelo que aconteceu a Tracy no Afeganistão. Isto acaba afetando seu relacionamento com Mark, que pra ajudar ainda mais estava paranóico depois de descobrir que alguém mandou um SMS pro celular da Olivia dizendo que ele voltaria a beber no futuro. Como ele havia contado apenas pro Aaron e pro Stanford... Bom, acho que já deu pra ter uma noção da merda que virou. Mas no final eles fizeram as pazes, e voltaram a ser amiguinhos.

Tá certo que nem neste, nem no episódio anterior, tivemos que aturar o pseudo-triângulo amoroso de Mark, Olivia e Lloyd, mas por que os roteiristas de Flashforward insistem em criar uma versão de Jack, Kate e Sawyer, só que ainda mais insuportável (em Lost pelo menos contamos com o carisma do Sawyer como atenuante)? E é um desperdício o que vêm fazendo com a Sonia Walger, que quando está longe do Joseph Fiennes consegue a proeza de tornar sua personagem ao menos digna de nota. As cenas de Olivia com Bryce conseguiram ser melhores e mais envolventes do que todas as cenas dela com o Mark ou Lloyd até o momento. E eu simplesmente sou fissurado naquele sotaque britânico, e naquele jeitão de baixinha um tanto invocada dela (mea culpa, afinal, tenho uma tara por baixinhas invocadas ;P).

Passamos mais um episódio sem a menor menção a Ganwar. E até agora nada do Lloyd se manifestar, depois da decisão tomada no episódio 7. Mas, isto não chegou a ser um problema num episódio que conseguiu novamente a façanha de jogar com a relatividade dos significados de fatos vividos simultaneamente por dois personagens. Em mais um trabalho de montagem digno de render uma indicação ao Globo de Ouro, descobrimos o porquê do encontro entre Bryce e Keiko não ter acontecido ainda. E apesar de soar como uma solução encontrada pelos roteiristas pra conter gastos na criação de locações emulando outros países, esta foi bem vinda pela ótima surpresa, que tornou a história do futuro casal ainda mais atraente. Taí dois pombinhos pelos quais vou começar a torcer!

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Tem como não torcer por ela?

"Believe" reforçou minha crença sobre o potencial que Flashforward ainda possui de prender nossa atenção, e renovar nosso interesse por sua trama, cada vez mais cheia de conspirações, intrigas e agora, felizmente, com uma história de amor que vale a pena acompanhar.

Dia 3 de dezembro voltamos com os comentários sobre "A561984". E que comecem as especulações sobre o significado do título! (parece código de encomenda dos Correios...)

Um comentário:

  1. ai caralha... parei de ver FF no 3 (pq fiquei sem pc)... tenho trinta episodios pra assistir >_< heuaehuae

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