domingo, 4 de outubro de 2009

[RESENHA] FlashForward s01e02 - "White to Play"

Após duas semanas de espera desde que assisti o piloto que vazou na net, pude finalmente retomar a história do mundo em que todas as pessoas viram suas vidas tal qual elas serão daqui a 6 meses.

Minha grande preocupação com relação não só a este episódio mas ao restante da série era se os realizadores de FlashForward conseguiriam manter o grande clima de suspense e intriga visto no primeiro episódio. Para o meu alívio a seqüência que abre "White to Play" é tão boa quanto a do piloto. A forma como foi construída é tão envolvente que em poucos segundos me fez pensar se o que eu estava vendo era um flashback de algum ponto do planeta durante o apagão mundial, para logo me fazer considerar a idéia de que era um sonho de Charlie, até finalmente revelar que se tratava apenas de uma brincadeira que as crianças inventaram baseada no evento que todas vivenciaram. É com cenas como esta que David S. Goyer mostra que ainda tem muito a nos oferecer como diretor (alcançando aos poucos sua redenção após o fiasco que foi Blade: Trinity).

Photobucket
Flashback? Flashforward? Um sonho?
Nah... era só brincadeirinha...

A cena inicial serviu também como dica para a mudança de foco que veremos logo adiante, onde conheceremos um pouco mais de Charlie.

Se no episódio piloto eu a achei apenas uma garotinha meiga sem muito a acrescentar, neste Lennon Wynn se mostrou uma atriz-mirim mais competente do que eu suspeitava, oferecendo uma atuação convincente no papel de uma criança que se encontra assustada diante de eventos que ela mal compreende. Destaque para a cena em que Charlie vê Dylan pela primeira vez no hospital, levando-nos a crer que o conheceu em seu futuro. Sempre me comovo diante do desespero autêntico de uma criança.

Photobucket
Quem é que não se derrete com uma cena assim?

Enquanto isto o mundo inteiro tenta assimilar a experiência que viveu. Membros do AA compartilham suas visões durante as reuniões semanais (destaque para a participação especial do Alan Ruck, o Cameron Frye de Curtindo a Vida Adoidado). As pessoas andam inquietas pelas ruas. Todas ainda esperam uma explicação sobre a origem do fenômeno, ou uma confirmação de que suas visões proféticas se realizarão.

Photobucket
Será que nem daqui a 6 meses o Ferris vai vir me visitar?
Já faz 23 anos...

Gosto de como vêm mostrando a variedade das reações dos personagens diante de seus futuros. Por exemplo, Mark vive um dilema: precisa acreditar na realidade de seu flashforward para que obtenha sucesso em suas investigações, ao mesmo tempo que tenta impedi-lo de acontecer, pois isto representaria o fim de seu relacionamento com o Olivia. Neste 2º episódio ele até tenta se rebelar contra o seu futuro, livrando-se da pulseira da amizade feita por Charlie, que ele usava durante seu flashforward.

Photobucket
"Pobre Yorick..."

Já Olivia faz de tudo para escapar de seu destino, mas acaba fatalmente se encontrando com Lloyd no hospital, em mais um sinal de que seu futuro possível está se concretizando.

Photobucket
É, não teve jeito...

E Demetri conhece uma policial que, assim como ele, não viu nada durante o apagão, o que inicialmente o deixa um pouco aliviado por descobrir que não foi o único que passou por isto, apenas para, mais tarde, ver a mulher ser morta a tiros, reforçando a idéia de que no futuro ele pode mesmo estar morto antes que 29 de abril de 2010 chegue.

Dando continuidade à investigação baseada no quadro de pistas que viu no futuro, Mark e Demetri topam com a primeira delas, o misterioso D. Gibbins, que por enquanto parece ocupar o papel de "vilão" da série, e talvez seja uma das pessoas que sabem algo sobre a origem do flashforward global. Sua ligação com o "Suspeito Zero" (o carinha do estádio que foi o único que não caiu no sono) é intrigante, e reforça a teoria de que pode existir um grupo por trás do fenômeno.

Photobucket
Até onde ele sabe das coisas?

Tão intrigante quanto é a revelação de que Charlie conhecerá D. Gibbins no futuro. Pela forma como a menina falou do sujeito, não parece ser um cara legal. Ligando esta informação à que ela revela no início do episódio, dá pra supôr que Charlie e Dylan passarão por maus bocados nas mãos do cara. Por hora levanto a hipótese de que foram seqüestrados e mantidos reféns como forma de Gibbins chantagear Mark a fim de impedi-lo de prosseguir com as investigações.

Outra figura suspeita é Lloyd, que ainda não mostrou a que veio, mas pela forma como agiu, um tanto evasivo, parece saber mais do que contou. Muito estranho ele não reconhecer Olivia, sendo que no episódio piloto uma das "regras" estabelecidas é que, se uma pessoa se encontrou com outra no flashforward, a outra também consegue se lembrar do mesmo encontro, já que todos ocorreram simultaneamente. E, conforme descobrimos neste, ele esteve com Olivia poucos minutos antes de deixá-la sozinha no quarto, para atender um telefonena. Seria ele mais um dos "acordados"?

Por fim, tivemos a introdução de outra personagem nova, interpretada por Shohreh Aghdashloo (diga isto com um bolo de fubá na boca e você ganha um prêmio), cujo nome ainda não foi revelado, que também vai pra lista de suspeitos, já que não quis dar muitas informações a seu respeito para Demetri além da data de seu assassinato: 15 de março de 2010, pouco mais de um mês antes do dia focado pelos flashforwards. Será ele mais uma das vítimas dos conspiradores por trás do fenômeno? Esse aí vai ter muito o que pensar até lá.


Photobucket
Tá, agora me diz o seu nome pra eu saber quem acabou com o meu dia...

Lançando mais ganchos a serem explorados nos próximos episódios, e esclarecendo alguns pontos vagos apresentados no piloto, Flashforward manteve a qualidade de sua estréia, reafirmando sua intenção de ser uma série dramática que vale a pena acompanhar.

Até a próxima semana, com "137 Sekunden"!

Nenhum comentário:

Postar um comentário