quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[Resenha] FRINGE S02E05 – Dream Logic

Atrasado, mas antes tarde do que nunca, vamos comentar um pouco sobre mais este episódio de Fringe.

Bom, podemos dizer que este episódio é do tipo “morno”, não empolga muito por sua trama, nem tem uma relação direta ou percebível com a trama principal. Somente isso já seria motivo para desanimar, mas ainda sim teve seus méritos, e dele falaremos.

De começo temos um executivo, parecendo um tanto quanto perturbado. Ele está vendo monstros nos rostos de seus colegas de trabalho e um capetão como chefe. Não pensa duas vezes e o arrebenta com usa valise. Interessante analisarmos neste ponto que até o momento, Fringe não apresentou nada de sobrenatural. Todas as façanhas ocorridas encontra sua explicação científica, ainda que seja uma ciência mais forçada ou hipotética. Então se nosso executivo alucinado está vendo demônios, devemos racionalizar. De início imaginei que ele também teria o poder de enxergar os infiltrados da outra dimensão. Mas isto não se mostrou verdadeiro. Era apenas um sonho, que o indivíduo não conseguia diferenciar da realidade. Após cacetar o chefe, um close é dado no indivíduo, onde vemos seus olhos se movendo rapidamente. Uma amostra de REM (rapid eyes movement), que é uma das fases do sono característica pela presença de sonhos.


capetão

Mas que chifres são esses chefe? Por onde anda sua esposa?

Não demora e nossa equipe é chamada a investigar o caso, e assim partem para Seattle. Interessante notarmos a boa interpretação de John Noble. Walter fica realmente incomodado com o lugar. Tanto o ar úmido do local, quanto o hospital. Ele se lembra do tempo em que passou internado, e isso o deixa irriquieto. Nota 10 para o ator, que nos trás de forma tão boa a mistura de drama e comédia dessa personagem.

Olívia segue com seu tratamento para se curar dos efeitos da mudança de dimensões. Nisso é indicada a pegar o cartão de visitas de todos as pessoas que usarem uma peça de roupa vermelha. Ficamos intrigados com o fato, mas o exercício acabou de uma forma bobinha. Podiam ter implementado mais nessa.

Outras pessoas começam a ter pesadelos acordadas, e somos levados à uma clínica que trata distúrbios de sono em que todas elas receberam tratamento. A primeira suspeita: isso é coisa do médico responsável pelo tratamento. Mas somos levados a pensar que os roteiristas são mais inteligentes que isso e fugiríamos do óbvio. Então quem é o vilão? O principal ajudante e braço direito do médico? Diria que esta é uma boa suposição.


vi

Quem será o vilão misterioso? E pq a touca ridícula?

A grande aposta é que os microchips implantados nas pessoas para controlar o sono, sirvam como dispositivos de controle mental. E assim seguimos nossa trama. Quando somos apresentados ao desfecho, nos deparamos com uma solução nada original, mas que foi usada de forma interessante e bem aplicada ao caso: a velha história do médico e o monstro.

Sim, o vilão era mesmo o médico prestativo e colaborador, mas de forma inconsciente. Como eu disse, um conceito nada novo. Mas que serviu para dar uma reviravolta interessante ao caso. Agora também tivemos uma idéia original. O chip usado para controle do sono, transmitia os sonhos das pessoas para o médico, através de uma touquinha de Eletro encefalograma. Muito interessante esta parte, pois o rapaz realmente “viajava” com os sonhos, que, parecem ter o efeito de um potente alucinógeno, além de tê-lo deixado viciado a ponto de fazer seus pacientes passarem por experiências extremas, os levando à morte, somente para ter um “barato” maior.


questão piloto

E o Questão arrumou um emprego de meio período como piloto...

Bom, trama resolvida, alguma coisa original, mas nada que realmente empolgue muito. Apenas mais um episódio comum. Somente no final temos alguma coisa importante para a trama principal. Peter sonha com momentos que passou quando ainda era criança. Estava dormindo, acorda assustado, encontra seu pai e parece ser levado repentinamente. Na parede do quarto está uma referência à missão espacial Challenger 11, com data de 28 de junho de 1984. Depois de pesquisar na wiki, descobri que a décima missão da Challenger (que acabou em desastre) somente aconteceu em 28 de janeiro de 1986. Será que presenciamos o momento em que foi tirado da outra dimensão e trazido para esta? É no que acredito.


challenger

Findamos então mais um episódio, já aguardando o próximo, e torcendo para que a série volte a ter o ritmo do primeiro episódio desta temporada.

Um comentário:

  1. Para um episódio "morno", este até que surpreendeu. Mais pelos "blefes" que jogou pra cima do espectador.

    Não teve como não pensar na abertura do episódio como um caso de alguém vendo toda uma empresa infiltrada por transmorfos (o que me fez lembrar MUITO a supersaga atual da Marvel, Invasão Secreta, que trata justamente de uma infiltração em massa na Terra por, adivinhem, aliens transmorfos!). E esta foi a primeira virada da trama.

    Às vezes é divertido ser enganado, embora o resultado final tenha me deixado frustrado por ser só um bom exercício de como fazer um puta suspense em cima de uma história que não tem muito o que dizer a não ser: "Wow! Fui sequestrado pela versão alternativa de meu pai de um universo paralelo!"

    Aliás, isto me fez pensar: será que o big fucking boss dos transmorfos não é ninguém mais, ninguém menos do que, TCHAN-TCHAN-TCHAN-TCHAAAAANNNN, um Walter Alternativa (trocadilho intencional) muito puto com sua versão enxerida de outro universo por ter seqüestrado seu filho? É uma teoria. Gosto dela.

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