sábado, 24 de outubro de 2009

[RESENHA] Flashforward s01e05 - "Gimme Some Truth"

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Janis como você nunca viu

Semana passada, em "Black Swan", tivemos uma dica do tom que "Gimme Some Truth" adoraria neste novo episódio de Flashforward: Mark termina disposto a fazer o que fosse preciso pra ir a fundo em sua busca pela verdade por trás do apagão, a ponto de usar as habilidades de um hacker para invadir o sistema da CIA sem a autorização de sua chefia imediata.

Para um personagem certinho, foi um passo ousado. Mas não foi nada se comparado às revelações e reviravoltas que tivemos na trama neste "Gimme Some Truth".

Adotando o já manjado truque narrativo de nos apresentar o final da história antes de revelarem os fatos que conduziram a ele, o episódio já abre com um grupo de supostos terroristas chineses tentando matar Mark e o agente Vreede num ataque explosivo dentro da garagem do Senado. O que me fez pensar: "Pô, já vão começar a culpar os chineses? Essa é velha!"

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Eat this!

De onde surgiram os chinas, e por quê? É o que (talvez) descobriremos mais adiante.

Voltamos 34 horas no tempo pra ver Mark, Vreede, Demetri e Stanford se preparando para uma série de audiências no Senado, que decidirá qual agência do FBI ganhará mais verba pra dar continuidade às suas investigações sobre a origem dos flashforwards.

Antes que a história fique mais tensa, vemos Stanford jogando descontraidamente uma partida de basquete com um tal de Dave, que parece ser um conhecido de longa data, da época em que morava em Washington, pra quem não deixa de transparecer sua preocupação em perder a chance de prosseguir com o Caso Mosaico, graças a joguinhos políticos. Seu amigo o acalma, diz pra não se preocupar, e emenda com a frase mais estilosa do episódio:

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"É só o Congresso se masturbando com o som de sua própria voz."

Corta pra cenas visando enriquecer o background da agente Janis, que depois de dar uma amostra grátis de quão foda é no tae-kwon-do, acaba sendo convidada pelo looser que levou um couro dela pra assistir Operação Dragão (raciocínio do looser: Ela adora artes marciais + Ela fica ainda mais gostosa dando porrada = Deve curtir filmes do Bruce Lee. Certo? ERRADO!).

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"Desculpaí, mas eu não costumo sair
com fracotes que PERDEM de mim!"

O sujeito leva um fora (com razão), mas só descobrirmos exatamente porque mais tarde (além do fato de ser tosco a ponto de perder uma luta contra a mulher mais HOT de Flashforward), quando surge Maya, que só faltou virar pra câmera e me dizer "Morra de inveja seu HETERO!". Sim, meus caros, a mulher mais deliciosa de Fringe é lésbica (e bem que deram a dica em "137 Sekunden", a qual eu fiz questão de ignorar, porque simplesmente não me conformaria com isto). Mas, que seja, ela continua uma delícia de se ver, e teremos que nos contentar com isto. Sorte da Maya... (ou não, como veremos mais adiante)

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Beijo lésbico em série de horário nobre?
Os americanos estão ficando mais ousados

A surpresa seguinte vem quando somos apresentados formalmente ao presidente dos Estados Unidos, e descobrimos que é o Dave de agora há pouco. Um repórter espertinho pergunta porque ele não contou pra nação sobre o que viu em seu flashforward, que prontamente dá a desculpa esfarrapada de sempre, botando a culpa na "questão de segurança nacional", mas, claro, nós descobrimos a resposta: foi acordado no meio da noite por um segurança dizendo a frase que todo bom segurança da Casa Branca fatalmente dirá um dia quando tudo der em merda: "Presidente, temos um problema." (FUDEU! seria mais apropriado, mas, é uma série de horário nobre (com um beijo lésbico, mas ainda assim...))

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A vida dura de um coadjuvante: De Secretário da Segurança Nacional (em 24 horas)
foi rebaixado a Secretário de Imprensa do Presidente

Logo em seguida temos mais uma "conversa de gabinete" entre o Presidente Dave e Stanford, que recebe uma proposta: tornar-se Diretor de Segurança Nacional. Pensei na hora: "Não importa que escolhas fizer, meu caro, no final vai terminar cagando no banheiro do FBI de Los Angeles."

E partimos para as audiências. Um diretor de outra agência apresenta a idéia batida de intervenção alienígena como causa do apagão, história que já estavam demorando pra tentarem nos vender. Outro joga a culpa nos chineses, sustentando sua teoria com o fato de que na hora em que o evento ocorreu a maioria da população chinesa estava dormindo confortavelmente em suas camas, sofrendo poucas perdas humanas e estruturais se comparados aos sofridos pelos States, que foram pegos desprevenidos em plena hora do rush. E apesar de fazer algum sentido, não deixou de ser frustrante ver Flashforward se tornando mais uma série que faz coro com tantas outras que entraram na modinha de transformar os chineses nos grandes vilões da história.

Mas, calma lá, que tudo pode se mostrar mais do que parece.

Antes disto Stanford teve uma conversa nada amigável com a mal-comida Senadora Clemente (cujo nome logo descobrimos ser uma ironia da parte dos roteiristas), que faz questão de implicar com qualquer detalhe relativo ao sistema de investigação adotado no Caso Mosaico.

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- Daqui a 6 meses serei Vice-Presidente dos Estados Unidos! E você?
- Er... Vamos mudar de assunto.

Achei uma boa idéia terem deixado explícito o motivo das visões de Mark serem tão confusas graças ao efeito do álcool sobre seu organismo. Se bem que, com isto, os roteiristas se livraram da obrigação de explicarem qualquer incoerência que surgir mais adiante na história quando formos comparar as visões dele do início da série com as pistas que ele encontrar mais adiante na história. Nada como um "o cara tava chapado e trocou as bolas" pra facilitar suas vidas. Resta-nos torcer pra que não usem esta desculpa como muleta pra tocarem a história de maneira desleixada daqui pra frente.

Pra minha alegria tivemos mais um pouco de Janis. Primeiro analisando os arquivos dos satélites de monitoramento sobre Ganwar durante o apagão de 1991, o que acaba levando-a à descoberta de que uma torre misteriosa foi construída nas redondezas no meio de lugar nenhum.

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Transmitindo o futuro a 165 mHz!

Mais tarde, ela se encontra novamente com Maya, que descobre sobre sua gravidez e mela tudo dizendo uma daquelas frases que você, como boa amante lésbica de uma agente do FBI gostosa, que adora dar porrada em folgados loosers, NÃO deve dizer: "Acho que você será uma ótima mãe." Isto a abala, faz com que ela saia sem rumo pelas ruas de Los Angeles, apenas para ser... Bom, já chegaremos lá. Por hora voltemos ao Stanford.

Quando a coisa apertou pro lado dele, vimos finalmente uma nova faceta do personagem vindo à tona. É aí que Flashforward começou a achar que podia ser um pouco mais "24 horas". Stanford chantageia o Presidente Dave, falando que vai contar pra todo mundo que ele andou comendo uma morena gostosa, e tendo um filho com ela, sem o conhecimento da primeira dama (obviamente), o que faz ele dar um jeitinho do Caso Mosaico ganhar a disputa pela verba.

E como se já não fosse 24 horas o bastante, o presidente não deixa por menos, faz uma ligação, e diz pra alguém "resolver um problema" pra ele.

Antes que a coisa desande de vez, dá tempo de Demetri e Dresde encherem a cara e fazerem dupla no karaokê local, enquanto o Mark fica todo "odeio karaokê" e "odeio caras que bebem na minha frente pouco se fudendo por eu freqüentar o AA". Enfim, o velho Mark sendo o chato, certinho, e amargurado de sempre.

Stanford volta do bate-papo com o presidente se achando o tal, por ter conseguido a verba pra tocar o projeto adiante, rola uma discussão entre ele e Mark, que finalmente revela que tava chapado durante seu flashforward, o que deixa Stan com essa cara de bunda aí de baixo:

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Ou seja, apostou sua carta mais forte numa investigação baseada nas visões nada confiáveis de um agente que estará afogado na manguaça em pouco menos de 6 meses.

Se tem como ficar pior que isto? Claro!

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É então que voltamos à cena que abre o episódio, assistimos tudo dentro de um contexto e... O som ambiente do tiroteio entre os "treta" do FBI e os "mano china" é substituído por "Like a rolling stone", que soou um tanto súbita, e outro tanto inapropriada aos meus ouvidos, pra uma cena que pedia um pouco mais de tensão. Isto, claro, até eu ver a Janis definhando no chão da rua, após ser baleada, e pensar: "Ah, vão todos pra PUTA QUE OS PARIU se vocês acabaram mesmo de matar a MELHOR PERSONAGEM de Flashforward!"

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Oremos por ela.
Janis merece um final mais digno.

Mas, a presença dos chineses levaram-me a conjeturar: seriam eles uma outra facção dentro da história? Seriam aliados de Simon e/ou D. Gibbins? Ou será que aquilo foi uma queima de arquivo do Presidente Dave, procurando se livrar da ameaça que representava Stanford?

Ok, isto está me soando cada vez mais como 24 horas... O que não deixou de transformar "Gimme Some Truth" no episódio mais eletrizante de Flashforward.

Na próxima semana: "Scary Monsters and Super Creeps"

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