domingo, 9 de maio de 2004

[REFLEXÕES] Ampulheta

Conhecem, né?

Aquele aparelho antigo de se medir o tempo.

O funcionamento é simples. Basta virar a parte onde se concentra a areia pra cima q ela começa a cair no compartimento de baixo, e assim, mede-se o tempo q ela leva pra preencher totalmente o outro lado. Quando o último grão passa para baixo, é preciso novamente virá-la para q o tempo continue sendo medido.

Existem pessoas q possuem a ilusória certeza de q podem controlar o tempo através de aparelhos q servem apenas para medi-lo.

Alguns, por exemplo, insistem em tentar fazer com q os grãos de uma ampunheta caiam mais rapidamente, como se isso estivesse, na mente delas, fazendo o tempo correr mais rapidamente.

Pegam a ampulheta e começam a chacoalhá-la, e quando vêem q isso só atrasa o cair dos grãos, acham q a melhor solução é bater na parte de cima da ampulheta, como se isso fosse empurrar a areia pra baixo em maior quantidade. Mas, tb não conseguem obter um resultado satisfatório.

Bom, o q importa é q há pessoas q querem controlar o tempo de qualquer forma, fazendo com q ele siga seu próprio ritmo, desconsiderando q ele, o tempo, existe não só para si, mas para outras pessoas tb, e q o tempo é relativo, ou seja, cada pessoa possui sua própria forma de lidar e encarar o tempo (o q é até usado por uns caras aí q gostam de falar q o tempo não existe justamente por esse fato).

Acontece q a ampulheta ainda continua sendo, pra eles, apenas um instrumento do qual fazem uso pra tentarem aproveitar seu tempo, tentando aumentar ou diminuir sua velocidade. Por essa razão, não há muito cuidado na hora de lidar com ela. E as insistentes batidas sobre a ampulheta continuam.

Chega uma hora q a ampulheta não agüenta tanta pressão e acaba se quebrando, deixando q a areia se espalhe, e o insistente "pretenso controlador do tempo" se vê diante de um cenário caótico, onde ele não têm mais o controle em suas mãos.

Algumas ampulhetas conseguem resistir às batidas por um tempo maior do q outras, mas, é inevitável q uma hora elas cedam à pressão.

As soluções são apenas duas:

1) Eliminar a fonte de suas perturbações, o q eliminaria tb aquilo q a mantém funcionando;
2) ou ir até onde der, e entrar em colapso no final.

Se bem q há uma terceira maneira de se resolver o problema, mais díficil q as duas anteriores: a ampulheta ser auto-sustentável, e não depender de um agente externo para q ela continue funcionando.

Assim, obtém-se a independência, e a areia continua caindo, sem q o tempo desmorone para ela, e seu conteúdo não se perca para o meio e seja levado pelo vento, como se jamais tivesse existido.

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Comentários:

foi com você Luwika

wagner | Email | Homepage | 29-12-2005 21:21:42
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você é bonita de olhós azuis

wagner | Email | Homepage | 29-12-2005 21:09:21
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você é bonita de olhós azuis

wagner | Email | Homepage | 29-12-2005 21:09:20
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... acho que vc não entendeu bem o espirito da coisa...

Ceres | Homepage | 09-05-2004 19:50:10
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Legal. Concordo com você sobre este assunto (o tempo). Uma vez um amigo meu quebrou uma ampulheta que eu tinha e, ao invés de pedir desculpas (o que naturalmente se espera), ele disse "Nossa! Estou ficando forte de uma hora pra outra!".

A.Draeth | Email | Homepage | 09-05-2004 09:44:00

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