Infância. A fase onde a imaginação dá vida àquilo que não a possui.
Um mero boneco de pano e espuma se torna um ser de carne, osso e alma.
É um dom divino, presente nas mentes de seres puros. Seres capazes de fazer de meros objetos inanimados seus melhores amigos, aos quais podem confiar seus maiores segredos, nem que estes sejam tão bobos que nem mereçam ser guardados.
A inocência é a base das criações mais criativas. E das mais vívidas também, justamente por serem simples.
Pano e espuma são mais além disso. Não são meros enfeites para os olhos, mas seres com sentimentos. Seres generosos que dão mais atenção do que recebem.
Assim deveriam ser os seres que os criaram. Estes sim, de carne, osso, e uma alma afogada no meio dos dois primeiros elementos.
Carne e osso que nos cegam com facilidade conforme a inocência deixa nosso ser. Conforme deixamos de enxergar a magia por trás dos "objetos", e passamos a enxergar apenas pano e espuma...
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Comentários:
E o desafio continua, senhoras e senhores: havera algum dia um comment nesse blog sem a palavra "eu"? Ceres | Email | Homepage | 08-06-2004 01:40:49 _____________________________________________ |
Oi Wolv, ainda bem que não perdi totalmente a menina que sempre fui. Conservo até hoje o que fui na minha infância e é de lá que trago minha criatividade e até uma certa ingenuidade. Quando me entristeço, vou em busca da magia, dos contos de fadas , do mundo do faz de conta e sempre me refaço. O mundo mudou, não há mais espaço para a alma, para olhar um por de sol. O homem reduziu-se, apequenou-se. Tudo cresceu, as fronteiras diluiram-se e roubaram-nos o potencial de enxergar os sentimentos. Se deixarmos, realmente, só passaremos a ver o pano e a espuma. Gostei da mudança. tens muuuuuuito a nos oferecer. Escrevas sempre e obrigada por partilhar. Beijo. anne | Email | Homepage | 07-06-2004 17:33:54 |
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