quarta-feira, 25 de agosto de 2004

[REFLEXÕES] Eu não quero saber...




... de idéias pré-estabelecidas dessa vez.

Mesmo porque estou no meu local de trabalho, desfrutando de um daqueles momentos em que você não tem absolutamente nada pra fazer.

Já gastei boa parte dele visitando blog e fotologs de amigos, sites variados, abrindo e fechando arquivos no computador pra matar o tempo, e ainda estou sem nada pra fazer.

Daí, pensei cá com meus botões (putz! acreditam que eu nunca usei essa expressão?!), e achei que seria uma boa matar parte desse tempo digitando algo pro meu blog, que anda tão carente de textos decentes (não que esse venha a ser um deles quando terminar de digitá-lo).

Sabe, já falei um bocado por aqui sobre rotina (ou pelo menos lembro de ter falado algumas vezes sobre isso), e hoje, ao ser trazido para o trabalho pelo meu irmão (que, pra sorte dele, já tirou a carteira de motorista), esse assunto voltou a ser alvo de minha atenção.

Cara, como eu tô cansado de ver os dias se repetindo!

Se tem um "sub-gênero" da ficção científica (ou ficção pura mesmo) que eu gosto é aquele que joga um sujeito comum dentro de um ciclo de repetição dos dias.

Não importa se o filme tem uma história fraquinha, todos os que assisti até agora tem uma ou outra coisa interessante pra ser contada. E é especialmente legal ver como o pobre coitado lida com isso.

Na verdade não chega a ser um pobre coitado, pois, se isso serve de argumento pra que ele seja classificado como tal, então todos nós (ou pelo menos a maioria) somos "pobres coitados", pois também estamos presos em ciclos bem parecidos com os retratados em filmes como 12:01 e Feitiço do Tempo (tem outros, mas não me lembro de seus títulos agora).

Claro que os ciclos nos quais estamos inseridos não são tão extremos, a ponto de todos ao nosso redor fazerem exatamente o que fizeram no dia anterior, com direito às mesmas "falas", gestos, atitudes. E as notícias e filmes também não se repetem de um dia pro outro (pelo menos a maioria).

Mas, tentem prestar atenção nas pessoas que passam por você na rua quando está indo pro trabalho, ou pra faculdade, ou pro colégio. Estão quase todas lá, repetindo o mesmo percurso, gastando o mesmo tanto de sola de sapato gasto no dia anterior, às vezes até usando a mesma roupa, pra aproveitá-la por mais tempo.

É assim que funcionam nossos ciclos de repetição.

E estou vivenciando um neste instante, pois me encontro na agência de publicidade onde trabalho, pra onde venho de segunda a sábado.

Tá certo que não é todo dia que eu tenho o "privilégio" de vir pra sala do chefe, usar o computador dele, e digitar um post pro meu blog (e se ele me visse agora aqui, eu tomaria um esporro memorável), mas, também não é sempre que eu começo a escrever sobre nada e termino falando sobre alguma coisa. Bem por cima e de maneira superficial, é verdade, mas não é toda hora que se pode ter boas idéias para bons textos.

Acho que essa repetição toda não está fazendo bem pra minha criatividade...

Deixa eu voltar pro meu lugar... Girando... Girando...

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Comentários:

Hehehehe, adorei esse post! Foi leve! Eu vi 12:01, e adorei o filme! E sabe que outro dia eu conversava com a mulher do olho azul sobre isso, rotina? Eu faço o mesmo caminho todos os dias, três vezes, de manhã, na hora do almoço e no fim da tarde, e é interessante ver como as coisas se repetem . . . é interessante . . .

Lu | 27-08-2004 21:30:33

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