terça-feira, 29 de setembro de 2009

[Resenha] Heroes – início da quarta temporada

SPOILER ALERT!!!

Já tinha me decidido por não escrever uma resenha sobre Heroes. Primeiro porque já tinha se passado muito tempo desde que saiu o primeiro episódio dessa temporada. Outra porque a série já descambou de vez. Acho que só tenho assistido por costume.

Mas então, passamos ao episódio inicial dessa quarta temporada. Começa-se um novo volume: Redenção. Os dois primeiro episódios estão juntos, formando um único capítulo. Pra quem não se ligou, os arcos de histórias nessa série são chamadas de Volumes. Já os episódios são chamados de Capítulos. Tudo como se fosse uma HQ.




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Redenção... acho que não só para os heróis, mas a série toda está precisando...


Após terminar de assistir, pensei comigo: será que essa coisa ainda vai ter salvação? Pois uma série que começou com uma expectativa muito boa, soube levar a trama até quase o final de sua primeira temporada. Mas a partir daí foram somente erros tentando consertar outros erros.

Bom, então como chegamos ao ponto atual? Vamos falar um pouco do final da temporada anterior (o que eu me recordar, pois já apaguei o episódio do meu HD faz tempo). Sylar, o vilão que deveria ter morrido ao final da primeira temporada e falta nenhuma faria para os enredos seguintes, após conseguir os poderes de Claire, se tornando um auto-regenerador que não envelhece, adquire o poder de mudar de forma. Com isso, obtém a capacidade de deslocar seu único ponto fraco, se tornando invencível. Na tentativa de tomar o lugar de Nathan como senador, o mata, mas então é detido.

Esse ponto seria um ótimo momento para acabar com o vilão e mandá-lo para o espaço em definitivo. Deixe-o lá, quietinho, feliz ao lado do capitão Kirk bradando a todos seu jargão de vida longa e próspera... Bastava simplesmente jogá-lo em um tanque de ácido ou metal derretido (funcionou com o terminator...). Quero ver ele regenerar depois disso. NÃO!!! Eles fazem a maior burrada possível. Usam Parkman para reprogramar sua mente e acreditar que ele é na verdade o próprio Nathan, que milagrosamente teria escapado do ataque de Sylar.

Tudo bem, até o roteirista sabe que uma coisa dessa não dura muito tempo. Que a verdadeira personalidade uma hora vai emergir e voltar ao comando. Mas por que perder a oportunidade de acabar com um vilão e buscar outros até mais interessantes. Só creio que Zachary Quinto deve ter bons agentes...

Outra atriz que possui bons agentes é Ali Larter. A mãezona de dupla personalidade e super forte sofreu uma morte trágica e heróica. Massss, como não podia deixar de aparecer na série, arrumaram uma trigêmea... uma que foi separada das irmãs no nascimento e com poderes diferentes... Fica aqui a dica, imortalidade não é nada quando se tem bons agentes. Se morrer, simplesmente ganha um personagem novo.



Ali Larter

Bom, digamos que não são só os agentes, os dotes também ajudam...


Definitivamente, os roteiristas não sabem lidar com personagens realmente poderosos. Imagino que se estivem escrevendo um filme do Superman, teria kriptonita em cada esquina de Metrópolis, somente para não terem que se preocupar com poderes. Sim, o caso é terrível. Peter era sem dúvida o herói mais poderoso de todos. Podia copiar o poder de qualquer outro super, somente estando na presença do mesmo. Já tinha copiado a regeneração de Claire, o vôo de Nathan, os poderes temporais de Hiro, ficava invisível, tinha superforça... enfim, podia fazer o diabo a quatro. Hiro era outro ser “supremo”. Teleporte, viagem temporal e paralisar o tempo não é pra qualquer um. Ele era realmente poderoso, somente limitado pela sua impulsividade e imaturidade.

Chegou-se a um ponto onde os dois não teriam mais adversários. Qual a solução? Pensar em um vilão mais criativo, que os venceria com um plano extremamente elaborado? Ah... nope... Simplesmente retirar o poder deles é uma solução mais fácil. Mas como são os heróis, não poderiam ficar sem poderes por muito tempo. Então, recebem seus poderes de volta, mas agora de forma bem limitada. Peter ainda copia poderes, mas agora somente um poder por vez, e ainda sim tem necessidade de tocar na pessoa. Já Hiro recebe seus poderes de volta após ser tocado pelo bebê conserta tudo, filho do Matt. Mas o garoto não fez conserto, fez sim uma gambiarra. Agora Hiro tem dificuldades em controlar seus poderes, e quando o faz, ferra seu cérebro.

Longa introdução feita (sem sacanagem rapazes...), passamos ao início dessa quarta temporada, onde vi o lampejo de algo aceitável sendo produzido. Depois de toda aquela merda feita nas temporadas anteriores, talvez agora façam algo decente. Talvez redenção seja mais que o volume, mas para a série toda.

Logo de começo, somos apresentados aos novos vilões. Um grupo de superseres que se aceitam como são, e ao que parece, desejam agregar outros supers em suas filereiras. Suas reais motivações no entanto, ainda são um mistério. O líder tem o poder de manipular a terra, e também as tintas que usa para fazer tatuagem (talvez o pigmento da tinta seja de origem mineral). Ainda não vimos a real extensão de seus poderes, mas já deu pra perceber que o seu forte não são os poderes, e sim saber manipular as pessoas, e isso é tudo que um bom vilão precisa. Tenho impressão que já tivemos vários exemplos disso na vida real...

De resto, temos os outros personagens tentando levar sua vida normalmente, até o momento em que serão inevitavelmente tragados para dentro da trama. Peter está atuando como paramédico, tentando salvar vidas. Claire foi para a faculdade, e já, de cara, tem de encarar o suposto suicídio de sua colega de quarto. Hiro e Ando tentando salvar pessoas através de um uma empresa. Destaque para Matt Parkman, que está sendo atormentado por visões do Sylar. De alguma forma, o processo de reprogramar a mente deixou uma parte da personalidade do vilão dentro da mente do policial, e isto o está atormentando cada vez mais, e tomando proporções cada vez maiores.

Outra coisa, acho que ninguém sentiu a falta do Mohinder. Já que em um episódio duplo, abordaram todos os personagens, ele ficou de fora. Talvez com o final da novela dos indianos ele tenha ficado sem vaga... ou, quem sabe, foi cuidar da sumida Molly Walker, que parece ter sida jogada a própria sorte. Aliás, amnésia é uma coisa em Heroes. Já são vários personagens que aparecem e somem do nada, sem sabermos qual seu desfecho. Só para citar alguns, temos a irmã do gangster que Peter namorou quando estava sem memória... ele a levou para o futuro, ela foi presa, o futuro foi modificado E ELA CONTINUOU LÁ! Outro ilustre sumido é o namoradinho voador da Claire. Depois de ajudar o sogrão (ou nem tanto assim), ele simplesmente não apareceu mais e parecem ter esquecido que ele existe.

Bom, tendo em vista somente este episódio inicial, acho que vale a pena dar mais uma chance para essa série. Como eu disse, talvez façam algo aceitável dessa vez. Mas eu não assistiria com essa esperança...

ADENDO: acabei de assistir ao terceiro episódio, e a qualidade está se mantendo. Detalhe para uma nova super que apareceu. Ela é deficiente auditiva, mas começa a enxergar as “cores” do som. Uma premissa muito interessante. Espero que ela seja bem aproveitada.

2 comentários:

  1. Digamos que este decote da Ali Larter foi um convite e tanto pra voltar a assistir Heroes. =P

    Maaaas, ainda não foi o suficiente. Se bem que nesta temporada tá perigando rolar um namoro lésbico entre a Claire e uma companheira de faculdade dela. Hmmmm...!

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  2. Digamos que esse decote da Ali Lartes foi um convite e tanto para eu realmente não voltar a assistir Heroes.

    Credoemcruz, tão chamando qualquer coisa de gostosa hoje em dia...

    No mais a resenha até parece convidativa, mas assistir duas temporadas horriveis ainda é pesado pra mim...

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