sexta-feira, 18 de setembro de 2009

[REVIEWS] A Marvel fora da Invasão Secreta - Parte 1

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Bucky Barnes, o sucessor de Steve Rogers

Enquanto em praticamente todas as séries mensais de super-heróis Marvel a Invasão Secreta ocupa boa parte das páginas, há aqueles personagens que ainda permanecem com seus respectivos títulos intocados pela supersaga do ano. E como eu já falei um pouco dela aqui no blog, desta vez achei interessante abordar as histórias que ainda não têm a menor ligação com o evento (embora eu pretenda voltar a fazer comentários a seu respeito num futuro post).


Pelo próprio fato de não sofrerem influência da Invasão, estas histórias já ganham um atrativo a mais, oferecendo uma opção aos leitores que buscam uma leitura mais descompromissada, que não os obrigue a ler praticamente todas as séries mensais da Marvel.

Vamos começar pelo Capitão América, cujas histórias atualmente contam a longa saga de Bucky Barnes assumindo o capuz e o escudo de Steve Rogers, a fim de dar continuidade ao seu legado.

Ed Brubaker, que vem escrevendo o título do personagem desde muito antes da Guerra Civil, a cada nova edição mostra um pouco mais de seu talento como escritor, sem apelar para grandes eventos e, o mais importante, sem a necessidade de ter um personagem icônico como Steve Rogers por trás do famoso uniforme que personifica a bandeira dos Estados Unidos.

É exemplar a forma equilibrada com que tem explorado todos os personagens coadjuvantes da mitologia do Capitão América, como Falcão, Sharon Carter, Viúva Negra, passando por breves participações do Tony Stark, e até mesmo personagens mais obscuros do passado do herói, como é o caso de alguns dos homens que já assumiram o uniforme do Capitão ao longo da história e que já pintaram nos capítulos anteriores escritos por Brubaker. Todos têm espaço o suficiente pra acrescentarem algo de relevante à trama maior que ele vem desenvolvendo pacientemente.


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Não é o Caveirão, mas toca um terror fodido

E já que toquei nela, merece elogios também todo o mistério que Brubaker vem criando em torno dos planos elaborados pelo Caveira Vermelha, Dr. Faustus e Arnim Zola desde o início de sua fase no título. Todos eles são vilões que no passado foram diversas vezes mal utilizados, e ridicularizados por atuações vergonhosas. Brubaker soube ressaltar muito bem o melhor (ou seria pior?) de cada um, de forma a criar histórias cheias de tensão e suspense, que conseguem este efeito mais pelo que está subentendido do que pelo explicitamente apresentado.


Na verdade toda a fase escrita por Brubaker até o momento pode ser encarada, pra usarmos um termo das grandes redes de TV americanas, como uma temporada cujo tema principal é a luta do Capitão América, não importando se trata de Steve Rogers ou Bucky Barnes, mas do símbolo que independe daquele que o porta, contra seu mais ferrenho inimigo, o Caveira Vermelha, que desta vez não está disposto a derrotar apenas o homem, mas também todo o mito por trás dele, seu legado, tanto física como psicologicamente. É mais um embate de conceitos diametralmente opostos do que uma troca de socos, chutes, explosões e escudadas de vibranium que ricocheteiam.

Nota-se isto não só relembrando o grande plano por trás da morte de Steve Rogers, mas também pela forma como o vilão vem procurando perverter tudo que faz parte do mito do Capitão América, destruindo e manipulando homens que já usaram o uniforme e o escudo em períodos onde Rogers esteve incapacitado, transformando a mulher que ele mais amou em sua principal arma na sua elaborada conspiração, e nas histórias mais recentes dando a entender que tem planos até mesmo para o filho que ela espera do herói falecido.


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Matar Steve Rogers foi só seu 1º passo

Muitos podem não ter gostado da pouca variedade de vilões a atormentar a vida do Capitão América na fase atual, mas acho que o Caveira funciona perfeitamente. Ele é tão vil e manipulador como Ben Linus, da série Lost, embora ele me lembre mais o saudoso Arvin Sloane, o grande inimigo de Sidney Bristow em Alias. E como a atual fase do Capitão América é uma longa série de histórias de espionagem, cabe muito bem aqui a citação a outra série do gênero.


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O Contemporâneo vs. O Clássico

Vale a pena correr atrás das histórias já escritas por Brubaker, todas publicadas aqui no Brasil na revista Novos Vingadores, desde a edição 25, ou esperar que a Panini republique as primeiras histórias de sua autoria em uma série de encadernados, o que será o meu caso, já que comecei a acompanhá-la somente após a morte de Steve Rogers, tendo que recorrer a scans na internet pra me inteirar do que havia ocorrido antes.


Continuarei a falar dos heróis Marvel que ficaram de fora da Invasão Secreta no próximo post, que tratará da ótima fase que vem tendo Thor, o Deus do Trovão, desde seu literal retorno do Limbo!

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